A Yduqs (YDUQ3) registrou lucro líquido de R$ 97,9 milhões no terceiro trimestre de 2025, queda de 35,5% em relação ao mesmo período de 2024, segundo balanço trimestral divulgado nesta quinta-feira (13).
O lucro ajustado, que exclui efeitos pontuais para mostrar o desempenho recorrente da operação, somou R$ 154,5 milhões, redução de 18% na comparação anual.
O Ebitda (resultado operacional antes de despesas financeiras, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 462,1 milhões no trimestre, alta de 0,9% em relação ao ano anterior. Já o indicador ajustado totalizou R$ 507,7 milhões, avanço de 5,8% em relação ao mesmo período em 2024.
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A receita líquida atingiu R$ 1,351 bilhão, crescimento de 3,5% na comparação anual. Com ajustes, o valor ficou no mesmo patamar, com alta de 3% ante 2024.
A dívida líquida alcançou R$ 4,345 bilhões no período, leve alta de 0,1% em relação ao ano anterior. A alavancagem financeira — indicador que relaciona a dívida líquida ao Ebitda ajustado — ficou em 1,52 vez, redução de 0,02 vez.
Base de alunos cresce no presencial
A Yduqs terminou o trimestre com 1,380 milhão de alunos matriculados, alta de 2,7% em relação ao mesmo período de 2024. Desse total, 1,053 milhão estavam na modalidade digital, queda de 0,3% na comparação anual. Já os cursos presenciais somaram 305,2 mil estudantes, aumento de 13,4%.
No segmento premium, a empresa contabilizou 21,9 mil alunos, alta de 13,3% em um ano.
Nos nove primeiros meses, a captação totalizou 527,3 mil estudantes, alta anual de 6%. Foram 6,1 mil alunos no segmento premium, alta de 11,7%; 333,9 mil na modalidade digital, queda de 2,9%; e 187,3 mil no ensino presencial, crescimento de 26,7%.
Análise: Citi vê balanço fraco da Yduqs
O Citi classificou o balanço da Yduqs no terceiro trimestre como fraco. Segundo os analistas, o Ebitda limpo foi de R$ 484 milhões, 3% abaixo da projeção da casa. Desconsiderando itens não recorrentes persistentes, o indicador ficou 12% menor.
A receita líquida veio em linha com o previsto, com alta de 4% na comparação anual. O desempenho refletiu volumes maiores em todos os segmentos, mas com mensalidades menores, segundo o Citi. O ensino digital recuou 7%, queda compensada por altas de 23% no IBMEC e de 40% nos cursos híbridos.
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No ciclo de captação, os volumes cresceram em todas as frentes: 2,5% no presencial, 49,6% no híbrido e 2,5% no digital. Em contrapartida, o tíquete médio caiu 2,7% no presencial, 9,4% no híbrido e 10% no digital.
Com esses números, o Citi estima lucro recorrente de R$ 118 milhões, 7% abaixo da própria previsão, e fluxo de caixa livre recorrente de R$ 207 milhões. O valor foi reforçado por R$ 62 milhões líquidos provenientes da migração ao Pravaler, mas ainda ficou abaixo da expectativa de R$ 267 milhões.
O banco afirma que não se surpreenderia com uma reação negativa do mercado após o resultado. Mesmo assim, mantém recomendação de compra para as ações da Yduqs, com preço-alvo de R$ 15, representando potencial de alta de 10,8%.









