Fundos Imobiliários, por Rodrigo Colombo

Tudo o que acontece no mundo dos FIIs, por Rodrigo Colombo. Investidor profissional da Bolsa de Valores, Colombo começou a investir em 2009 e desde então vem se especializando no mercado. Formado em economia investe o próprio dinheiro em Fundos Imobiliários, Ações e no mercado internacional.

Emissão de fundo imobiliário sem custo. Será que essa moda pega?

O AFHI11 inovou e trouxe ao mercado uma emissão custeada pela gestora.

icone de relogio 18/04/2022 15:52

O AFHI11 é um fundo imobiliário gerido pela AF Investe, uma gestora que é nova no mercado de investidores gerais.

O gestor pessoa física tem muita experiência com o mercado, já esteve a frente de outros fundos imobiliários conhecidos do mercado.

O fundo imobiliário ainda é pequeno e está tentando ganhar espaço, acabaram de anunciar a segunda emissão e trouxeram boas novidades para o mercado, nada de retirar os custos ou fazer barato, na verdade o cotista não terá custo algum e a emissão será arcada pelo próprio gestor.

2ª Emissão do AFHI11 chegou causando bastante bagunça no mercado, todo investidor começou a comentar se isso seria possível em outros fundos, maiores e menores.

O problema das emissões nos fundos imobiliários

Desde 2019 o mercado sofre com emissões recorrentes e com altas taxas, o problema é que as taxas acabam matando o investimento do cotista.

Se um fundo lança emissão com taxa de 6% e paga DY anuais do mesmo patamar, você começerá colher frutos do investimento somente no segundo ano e isso é um problema.

A taxa de emissão não vai para o gestor e tem um papel nobre na indústria, a taxa fica na maioria das vezes na mão dos assessores e intermediários responsáveis por levar a emissão pra frente.

O GESTOR do SNCI11 fez uma live comigo e usou a analogia de um aeroporto.

Os aeroportos mais concorridos são mais caros para se utilizar, isso porque os serviços oferecidos e a quantidade de pessoas trafegando também são maiores, aumentando as chances de lucro das empresas.

Quando um emissor cobra uma taxa, ele consegue passar aquela emissão com maior facilidade e tranquilidade.

O AFHI11 não deixaria os assessores de lado, continuaria pagando as taxas, porém abraçaria dentro da própria gestão.

O que ela iria receber de taxa de gestão acaba voltando pra ela em propaganda de um bom movimento e bons resultados, ao crescer o fundo ela consegue mais liquidez e naturalmente mais taxa de gestão com o futuro.

Essa opção poderia ser abraçada por todos os fundos imobiliários, isso daria maior oportunidade ao investidor conseguir colocar mais dinheiro e todo mundo acaba ganhando.

O investidor investe mais, compra mais cotas e o gestor depois ganha com mais cotas no mercado.

Porém, acho difícil que se consigam fazer outras emissões nesse mesmo patamar.

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