Marcos de Vasconcellos blog

Ligando os pontos

Textos de Marcos de Vasconcellos, jornalista, CEO do Monitor do Mercado, colunista da Folha de S.Paulo e assessor de investimentos.

Preço da energia vai subir mais de 50% ainda este ano, alerta Banco Mundial

O preço da energia vai aumentar mais de 50% até o fim deste ano, alerta o Banco Mundial. O abalo nos preços do petróleo e do gás com a Guerra da Ucrânia fez o preço da energia dar o maior salto em dois anos desde 1973.

icone de relogio 27/04/2022 09:45

O preço da energia vai aumentar mais de 50% até o fim deste ano, alerta o Banco Mundial. O abalo nos preços do petróleo e do gás com a Guerra da Ucrânia fez o preço da energia dar o maior salto em dois anos desde 1973.

O impacto da guerra na economia global está longe de parar nos combustíveis. A projeção feita pelo banco e divulgada nesta terça-feira (26) é que as commodities para além do setor energético (alimentos e metais) devem ter um aumento de pelo menos 20% neste ano.

O aumento das commodities só deve arrefecer em 2023 e 2024, mas não há qualquer expectativa de que os preços voltem à média dos últimos cinco anos.

Isso deixa o mercado sob altíssima pressão, com preços das commodities atingindo máximas históricas.

O relatório do Banco Mundial traz previsões claras: “O preço do barril de petróleo Brent deve atingir a média de US$ 100 por barril em 2022, seu nível mais alto desde 2013 e um aumento de mais de 40% em relação a 2021. Os preços devem cair para US$ 92 em 2023 – bem acima da média de cinco anos, de US$ 60 o barril. Espera-se que o preço do gás natural (europeu) seja duas vezes mais alto em 2022 do que em 2021, enquanto o do carvão deve ser 80% mais alto, ambos em máximas históricas”, diz o relatório divulgado pelo Banco Mundial.

Para o Brasil, cuja produção e exportação de commodities tem gerado um expressivo superávit comercial, a perspectiva é positiva para a entrada de dinheiro no país, mas não para a economia, que sofrerá com a inflação, reduzindo o poder de compra da nossa população.

A balança comercial do agronegócio brasileiro fechou o ano de 2021 com saldo positivo de US$ 105,1 bilhões, 19,8% acima do verificado em 2020, impulsionada pela alta dos preços internacionais das commodities.

Para 2023, as instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus divulgada nesta terça elevaram a previsão de superávit comercial para US$ 60 bilhões, saindo dos US$ 58 bilhões previstos na semana passada.  

Para apontar os principais gatilhos aos quais o investidor deve estar atento, conversei com Reginaldo Minaré, diretor técnico adjunto da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Veja no vídeo abaixo.

Para quem busca oportunidades para investimento no setor, Petrobras (PETR4), Vale (VALE3), JBS (JBSS3) e CSN (CSNA3) seguem na lista de maiores exportadores do Brasil e a perspectiva é que se mantenham nela.

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