O Nubank, empresa com ações listadas na Bolsa de Nova York (Nyse), anunciou na última sexta-feira (29) que recebeu a aprovação do Banco Central (BC) para uma significativa alteração em sua metodologia de avaliação de risco operacional. A mudança, que faz parte do novo arcabouço regulatório global conhecido como Basileia III, tem implicações importantes para a estrutura de capital da instituição no Brasil.
Entendendo a transição
A modificação em questão envolve a transição da Abordagem do Indicador Básico (BIA, em inglês) para a Abordagem Padronizada Alternativa (ASA, na sigla em inglês) no cálculo da parcela dos ativos ponderados pelo risco associados à determinação da exigência de capital de risco operacional para o conglomerado prudencial do Nu Brasil. Em termos simples, o Nubank adotará uma metodologia padronizada alternativa para calcular o risco operacional, alinhando-se a uma prática já adotada por outras instituições do setor.
Redução potencial de US$ 152 milhões no capital
Caso essa nova metodologia já estivesse em vigor no final de setembro, o capital exigido do Nu Brasil teria sido reduzido em expressivos US$ 152 milhões, conforme estimativa da própria empresa. Este dado é relevante para os investidores, pois impacta diretamente na saúde financeira da instituição. Além disso, o índice de adequação de capital (CAR, em inglês) atingiria 12,5%, sem considerar o capital detido pela Nu Holdings, que totalizava US$ 2,3 bilhões ao final de setembro.
Basileia III e resposta à crise de 2009
A mudança no método de cálculo da exigência de capital está alinhada com o conjunto de regras de Basileia III, que foi uma resposta internacional à crise financeira global de 2009. Isso destaca a importância de adaptações regulatórias contínuas para fortalecer o sistema financeiro diante de desafios econômicos.
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