A Bolsa de Valores brasileira enfrentou uma queda nesta terça-feira, retornando aos 131 mil pontos, um movimento que, embora não seja alarmante após recentes altas expressivas, reflete a ansiedade dos investidores em relação aos índices de inflação. Essa preocupação se intensifica à medida que se aguarda a divulgação dos dados de inflação ao consumidor de dezembro, referentes à maior economia do mundo, marcada para amanhã.
Reoneração e impactos no mercado
Enquanto o mercado global aguarda essas informações, as atenções no Brasil também se voltam para a questão da reoneração da folha de pagamento de setores beneficiados por incentivos tributários. Esse custo significativo para o estado torna-se um desafio para o governo atingir suas metas fiscais no próximo ano. Apesar do recesso legislativo, as discussões continuam, com o executivo buscando sensibilizar o congresso sobre a importância dessa medida. Contudo, ainda não há um acordo fechado, o que contribui para a incerteza no mercado.
Setores e Petrobras em destaque
Ontem, observamos setores enfrentando desafios, sendo o setor petrolífero uma exceção, com a Petrobrás registrando um leve aumento, impulsionada pela recuperação do preço do petróleo. No entanto, o petróleo ainda opera em torno de 72 dólares o barril, um nível relativamente baixo. Esta quarta-feira apresenta sinais mistos no mercado, com o Nasdaq em leve alta, enquanto o Dow Jones e o SP500 mantêm estabilidade.
Perspectivas para quinta
A agenda do mercado brasileiro hoje é tranquila, com dados de produção de veículos em destaque. No entanto, as atenções se voltam para amanhã, quando será divulgado o IPCA, a inflação oficial calculada pelo IBGE para dezembro. Tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, quinta-feira será um pregão crucial da semana.
Movimentos internacionais e Bitcoin em discussão
No cenário internacional, não houve grandes movimentações, mas o destaque vai para o movimento do Bitcoin, que registrou uma significativa alta antes de devolver parte dos ganhos nos últimos dias. A discussão em torno da possível autorização de um ETF (Exchange-Traded Fund) continua, sendo aguardada na Bolsa de Nova York, o que gera expectativas no mercado.
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