O dólar comercial fechou em queda de 0,54%, cotado a R$ 5,0690. A moeda refletiu, durante toda a semana, a melhora do ambiente externo e a divulgação do novo arcabouço fiscal. Na semana, mês e trimestre, a moeda norte-americana caiu 3,43%, 2,97% e 3,98%, respectivamente.
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Segundo o economista da Guide Research Rafael Pacheco, o mercado enxerga sinais que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) pode ser mais moderado no ritmo do ciclo de aperto monetário.
Pacheco entende que “o arcabouço ainda faz preço, com uma semana positiva para os ativos locais. Houve uma certa conciliação com o mercado”.
De acordo com o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, “o principal driver da semana é o externo, com o dólar se desvalorizando frente às emergentes. A ausência de notícias ruins sobre os bancos faz com que o mercado continue em uma trajetória de alta”.
Rostagno entende que a reação à nova âncora fiscal foi positiva, mas moderada: “O arcabouço ainda apresenta muitas lacunas a serem esclarecidas pela proposta. Não conseguimos avaliar o quão crível ele é. Em linhas gerais, para o arcabouço funcionar é necessário o aumento de receitas”, diz, ainda apontando um cenário externo desafiador e a falta de harmonia entre Câmara e Senado.
Para a economista-chefe do Banco Ourinvest, Fernanda Consorte, “os mercados locais começam a desanuviar após o anúncio tão esperado do arcabouço fiscal, que em linha gerais foi bem recebido, mantendo a taxa de câmbio em patamares mais baixos”.
Consorte entende, porém, que com o passar do tempo é possível que os ativos demonstrem instabilidade, embalados por uma postura mais conservadora da política monetária.
Paulo Holland / Agência CMA
Imagem: piqsels.com
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