As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) fecharam em alta, em ajuste de fim de mês e com mercado digerindo o novo arcabouço fiscal.
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A nova regra vai limitar o crescimento dos gastos a 70% da alta na receita, mas há exceções, como Fundeb e piso da enfermagem. A proposta substitui o teto de gastos, regra que limita o crescimento das despesas à inflação do ano anterior.
O arcabouço também pretende zerar o déficit já no próximo ano e deixar as contas no azul a partir de 2025. Pela proposta, a dívida pública ficará estabilizada em 2026.
Alexandre Espírito Santo, economista-chefe da Órama Investimentos, destaca que os fins de mês costumam ser de arrumação. “O mercado sempre dá uma chacoalhada, disse.
Ele acredita, entretanto, que os próximos dias serão para entender melhor o novo arcabouço. Devemos ver como o Congresso vai receber a nova regra fiscal e quais mudanças vai propor, afirmou.
Gustavo Bertotti, economista da Messem Investimentos, acredita que o movimento do dia anterior, de forte queda, foi exagerado. Tivemos só uma apresentação preliminar, que ainda vai passar pelo Congresso. Tivemos um movimento de euforia e só agora as pessoas estão se debruçando sobre o tema, disse.
Já Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset, acredita que o problema do plano é partir de premissas ousadas de superávit, ao mesmo tempo em que exige gastos e investimentos constantes, chocando tal premissas com o trabalho do Banco Central, que pode cortar os juros com fiscal ajustado, mas eleva com atividade econômica se aquecendo.
Antes de passar pelo congresso, leva nota 5,8, disse.
Por volta das 16h36 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2024 tinha taxa de 13,195% de 13,165% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2025 projetava taxa de 12,005%, 11,965%, o DI para janeiro de 2026 ia a 11,915%, de 11,900%, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 12,080% de 12,080% na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em queda, cotado a R$ 5,0690 para venda.
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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