O lançamento do Pix pelo Banco Central, juntamente com outras inovações capitaneadas pelo órgão regulador, tais como o registro de recebíveis, open banking e open finance, aceleraram as transformações no mercado financeiro e de meios de pagamento.
Empresas que antes competiam entre si têm se unido num ecossistema e colaboram para conseguir se adaptar. Para entender as possibilidades nesse novo cenário, empresa de tecnologia, empreendedores e gigantes do setor financeiro se reuniram na primeira semana de março.
Organizado pela fintech Justa, de meios de pagamento, como sua quarta convenção anual, o encontro contou com players de mercado como AWS, Itaú, CERC, Rede, PagSeguro, TecToy, Positivo, Konduto, Bankly, Azion e American Express.
Durante os debates, o público pôde obter insights sobre as tendências mais relevantes do setor, conhecer os profissionais que estão na vanguarda do desenvolvimento de tecnologias financeiras e se preparar para os desafios à frente.
“A ideia com esses encontros é trazer mais sinergia para o mercado, proporcionar conexões para que essas empresas possam se plugar e, juntas, trazerem mais inovações e soluções para as empresas que atuam ou fornecem ao varejo” destacou Eduardo Vils, fundador da Justa.
O evento foi aberto pelo diretor geral da AWS, Cleber Morais, que falou sobre o quanto a nuvem da empresa influenciou a evolução e a performance das tecnologias, tornando-as mais acessíveis.
“A indústria de tecnologia no Brasil sempre foi um fator diferencial para o País, desde os seus primórdios, quando conseguimos desenvolver empresas nacionais, que tinham equipes com conhecimento em fabricação de softwares para o setor financeiro, até todos os demais. Então, temos uma base tecnológica muito forte no Brasil. Quando olho para o futuro, olho com muito otimismo. Temos um potencial gigantesco, pois temos empreendedores e novas empresas, dispostos a ajudar a fazer um Brasil melhor”, disse Morais.
Participaram da convenção da Justa grandes nomes de empresas que competem diretamente no mercado, mas que também cooperam entre, como Valdeni Rodrigues, CEO da Tectoy, e Fernando Otani, Diretor de Negócios em Soluções de Pagamentos na Positivo Tecnologia. Eles falaram sobre os avanços de hardware no mercado.
A Rede e a Pagbank PagSeguro também dividiram o mesmo palco, com Rudof Popper, superintendente de produtos e parcerias da Rede e Adriana Garbim, diretora executiva de Novos Negócios na PagBank PagSeguro, que falaram sobre o avanço do mercado de meios de pagamento. Adriana pontuou durante o evento a volatilidade do segmento.
“No mercado de meios de pagamentos é difícil fazer previsões, estamos em constante evolução. Acredito que caminhamos para a popularização das tecnologias que se beneficiam da digitalização, do uso de NFC, dos pagamentos mais facilitados e bancos com Apps simples”, explicou Garbim.
Apesar de serem concorrentes diretos, ficou claro que todos acreditam em um “mantra” da Justa: “o mercado precisa ser cooperativo, colaborativo e aberto para que o cliente possa sempre ter a opção de escolha”.
Fernando Fontes, fundador da CERC, também marcou presença ao lado de Marilyn Hahn, COO do Bankly. Eles falaram sobre o futuro das fintechs em painel moderado por Edson Santos, escritor do best seller “Payments 4.0”.
Fontes citou ainda o Plug Justa como sendo a grande inovação da fintech. “A Justa tem como missão fomentar o mercado de pequenos empreendedores de modo a apresentar e disponibilizar as melhores soluções para os empresários gerirem seus negócios”.
“Hoje, temos aqui os maiores bancos e empresas de adquirência, junto com pequenas fintechs e startups falando de negócios e tentando entender como podem cooperar e cocriar para oferecerem o melhor serviço para o cliente final, e muito disso tem a ver com o papel do Banco Central que merece nosso reconhecimento”, concluiu Fontes.