O dia no mercado financeiro começou com uma notícia relevante da China, que registrou um crescimento das exportações acima do esperado em maio. No entanto, o crescimento, embora positivo, foi abaixo das expectativas, impactando empresas brasileiras que dependem do comércio com o país asiático.
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Payroll dos EUA
O destaque do dia ficou por conta da divulgação do payroll dos Estados Unidos, indicador que mostra a criação de empregos no país. Em maio, foram criados 272 mil novos postos de trabalho, superando as expectativas de 185 mil. Esse aumento de quase 50% acima do previsto influenciou fortemente o mercado.
Com a criação de empregos acima do esperado, tanto os juros americanos quanto os brasileiros iniciaram o dia em alta. Esse movimento reacendeu a possibilidade de que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, não corte as taxas de juros no curto prazo.
Declarações do ministro da Fazenda
Na parte da tarde, o mercado financeiro foi abalado por declarações do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em uma reunião com participantes do mercado, Haddad mencionou a necessidade de buscar compensações para desonerações e destacou que o cenário externo não é favorável. Ele também indicou que medidas de contingenciamento poderiam ser necessárias até o final do ano.
Reação do mercado
Após essas declarações, por volta das 16h, o dólar e os juros futuros no Brasil dispararam ainda mais. O dólar fechou o dia cotado a R$ 5,32, o valor mais alto em mais de um ano. Os juros futuros também subiram mais de 2,5%, renovando máximas do ano.
Com todas essas informações, o Ibovespa encerrou o último pregão da semana com uma queda de 1,73%, aos 120.700 pontos, a pior cotação do ano. A incerteza fiscal continua sendo um dos principais fatores que afetam os ativos de risco no Brasil.