Os mercados globais estão operando em baixa nesta segunda-feira, com os futuros em Nova York e as bolsas europeias apresentando quedas. A semana é marcada por importantes eventos, como a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) na quarta-feira (12) e as eleições do Parlamento Europeu. O euro caiu cerca de 0,5% após o presidente da França, Emmanuel Macron, convocar uma eleição legislativa.
Principais índices
- S&P 500 Futuro: -0,2%
- STOXX 600: -0,7%
- FTSE 100: -0,4%
- Nikkei 225: +0,9%
- Hang Seng: -0,6%
- Shanghai SE Composite: +0,1%
- MSCI EM: -0,4%
Commodities e outros ativos
- Índice Dólar: +0,3%
- Yield de 10 anos (EUA): +1,6bps a 4,4493%
- Petróleo WTI: +0,1% a US$ 75,59 por barril
- Minério de Ferro (Singapura): -2,5% a US$ 106 por tonelada
- Bitcoin: -0,5% a US$ 69.356,69
Agenda econômica
A agenda internacional está relativamente tranquila hoje, mas ganha ritmo amanhã com os dados de inflação da China. Na quarta-feira (12), a atenção estará voltada para a inflação ao consumidor (CPI) dos EUA em maio e a decisão de política monetária do FOMC. Na quinta-feira (13), serão divulgados os dados de inflação ao produtor (PPI) dos EUA e, na sexta-feira, a decisão de política monetária do Banco do Japão (BoJ).
No Japão, o PIB caiu 1,8% no primeiro trimestre de 2024 em base anual, refletindo um cenário econômico desafiador.
Perspectiva para o Brasil
No Brasil, a segunda-feira é de agenda mais tranquila, com destaque para o tradicional Boletim Focus. Durante a semana, serão divulgados o IPCA de maio na terça-feira, o volume de serviços de abril na quarta-feira (12) e as vendas no varejo de abril na quinta-feira (13).
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ressaltou em um evento no sábado a importância de combater as causas dos problemas fiscais para reduzir a taxa estrutural neutra do país. Hoje, Campos Neto participa de dois eventos, às 10h e às 19h15.
Na sexta-feira, o dólar subiu 1,42%, cotado a R$ 5,32, acumulando uma valorização de 1,43% na semana. O Ibovespa caiu 1,73%, fechando aos 120.767 pontos, pressionado pela alta dos rendimentos dos treasuries e pela queda das bolsas nos EUA após um payroll mais forte do que o esperado. Na semana, o Ibovespa registrou uma queda de 1,09%.
Destaques empresariais
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reúne hoje com a nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, às 11h. Recentemente, o governo de São Paulo reduziu a projeção de queda da tarifa com a privatização da Sabesp, de 6,40% para 4,22%. A Rumo prepara uma emissão de R$ 704 milhões em debêntures.
Análise do desempenho recente
A Bolsa de Valores brasileira encerrou o último pregão em alta de 1,2%, quase alcançando os 123 mil pontos, após seis pregões consecutivos de queda. O movimento de recuperação foi impulsionado pelo bom desempenho das commodities e do setor bancário.
- Commodities e Bancos: A valorização das ações da Petrobras e Vale ajudou a elevar o índice, aproveitando o bom momento das commodities no mercado. Os bancos também tiveram um dia positivo, contribuindo para a recuperação do mercado.
- Corte de Juros na Europa: A decisão do Banco Central Europeu de cortar os juros em 25 pontos base também influenciou positivamente os mercados, indicando um ambiente global mais favorável para os negócios.
- Desempenho do Varejo: No setor varejista, as ações da Renner subiram mais de 4% devido ao anúncio da taxação de 20% para compras internacionais de até US$ 50. A Magazine Luiza também teve um bom desempenho.
Expectativa para o Payroll dos EUA
Hoje é um dia crucial para a divulgação de indicadores econômicos nos Estados Unidos, com a publicação do relatório de emprego (Payroll) às 9h30 da manhã (horário de Brasília). Este relatório, que traz dados sobre a criação de vagas, taxa de desemprego e nível salarial, é fundamental para as decisões do Federal Reserve em relação aos juros.
Imagem: Wikimedia Commons