O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou a segunda-feira praticamente estável, com uma ligeira queda de 0,01%, fechando abaixo dos 121 mil pontos. O índice começou o dia em alta, chegando a subir 0,40% durante o pregão, mas a insegurança econômica reverteu os ganhos.
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Insegurança no mercado
A volatilidade no mercado está associada à insegurança tanto no cenário nacional quanto internacional. No Brasil, a questão fiscal continua sendo um ponto de preocupação. Declarações recentes do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aumentaram as incertezas sobre a capacidade do governo de atingir suas metas fiscais e controlar os gastos públicos.
Cenário internacional
No cenário internacional, o S&P 500, principal índice da bolsa americana, registrou alta de 0,26%, com a Nasdaq também subindo, impulsionada pelo anúncio de novos produtos da Apple focados em inteligência artificial.
A expectativa de manutenção das taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, tem levado investidores a retirar capital de mercados emergentes, como o Brasil.
Impacto no câmbio
Como resultado dessa aversão ao risco, o dólar teve uma alta expressiva de 0,61%, fechando o dia a R$ 5,36. Essa valorização da moeda americana dificulta a vida dos importadores brasileiros, mas beneficia exportadores, que devem pagar dividendos mais altos se o dólar continuar valorizado.
Segundo o Boletim Focus divulgado hoje, a expectativa é que o dólar feche o ano a R$ 5,05, indicando uma possível desaceleração da alta da moeda.
Outros destaques
Entre outras notícias relevantes, a greve dos trabalhadores da Eletrobras começou nesta segunda-feira, após a empresa se recusar a participar de uma mediação proposta pelo Tribunal Superior do Trabalho.
Já a Petrobras anunciou um investimento de R$ 800 milhões em projetos socioambientais em 2023, uma ação alinhada com as práticas ESG (Environmental, Social, and Governance), que podem atrair investidores internacionais.
