A Bolsa fechou em queda seguindo o pessimismo no exterior com o temor em relação ao sistema bancário internacional, os bancos voltaram a pressionar o índice e a expectativa dos investidores domésticos ficaram por conta da divulgação do arcabouço fiscal.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já está com a proposta em mãos e encontra-se reunido com alguns de seus ministros para a análise da âncora fiscal. Em uma semana bem complexa envolvendo a crise bancária, o Ibovespa acumulou perda de 1,58%.
As ações do setor financeiro tiveram forte queda. Bradesco (BBDC 3 e BBDC4) caiu 3,15% e 4,16%. Itaú (ITUB4) perdeu 2,87% Santander (SANB11) registrou queda de 3,97%. Banco do Brasil (BBAS3) cedeu 1,71%.
O destaque de alta ficou para as ações da 3R Petrolium (RRRP3), que subiram 16,72%, após o anúncio da Petrobras que manterá o processo de desinvestimento, contemplando a transição do Polo Potiguar para a 3R.
O principal índice da B3 caiu 1,40%, aos 101.981,53 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em abril perdeu 1,39%, aos 102.915 pontos. O giro financeiro foi de R$ 34,1 bilhões. Em Nova York, os índices fecharam no negativo.
Rodrigo Azevedo, economista e sócio-fundador da GT Capital, disse que o Ibovespa cai em mais um dia e que a crise financeira “que assola os bancos pelo mundo continua sendo o principal fator mesmo com injeções bilionárias nas instituições com dificuldades, os investidores também aguardam notícias sobre o arcabouço fiscal”
Guilherme Paulo, operador de renda variável da Manchester Investimentos, disse que o pessimismo por aqui ainda reflete o temor do mercado em meio essa crise bancária global.
“O mercado está reticente e tem medo do caráter sistêmico, é complexo de conseguir mensurar de qual seria o efeito da quebra de mais um banco; as ações do setor financeiro e da Petrobras também pesam no Ibovespa”. As elétricas também caem.
O operador de renda variável da Manchester Investimentos também disse que os “investidores ficam na expectativa do arcabouço fiscal”.
Armstrong Hashimoto, sócio e operador de renda variável da Venice Investimentos, disse que o mercado ainda fica “receoso com o externo em meio às preocupações com o sistema financeiro mundial com a quebra dos bancos e a situação delicado do Credit Suisse e, por aqui na expectativa do anúncio do que pode vir pela frente com o arcabouço fiscal”.
Hashimoto disse que os “bancos e a Petrobras estão pesando no Indice”.
Segundo um gestor de investimentos de uma casa de análise, o mercado ainda está “com desconfiança em relação ao setor bancário, o montante para socorrer o Credit Suisse não parece ser suficiente”.
Soraia Budaibes / Agência CMA
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