O Ibovespa futuro opera em queda com os investidores ainda cautelosos em relação à crise bancária apesar da ajuda ao Credit Suisse e após grandes bancos norte-americanos depositarem US$ 30 bilhões no First Republic Bank para impedir risco de quebra do banco.
Os agentes financeiros fiam na expectativa em meio a esse cenário de qual será a postura adotada pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na reunião da próxima semana. As apostas para um aumento de 0,25 ponto porcentual ou até a manutenção nos juros crescem.
Soma-se a isso, por aqui, a expectativa é de que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresente o novo arcabouço fiscal ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o mercado fica atento aos desdobramentos.
Os investidores também devem reagir às medidas do governo chinês que reduziu de 0,25 pp o depósito compulsório dos bancos, o que pode aumentar a liquidez no país e incentivar o crescimento econômico. As commodities são favorecidas.
Às 9h47 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento em abril caía 0,64%, aos 103.690 pontos. Os futuros norte-americanos e as bolsas europeias operavam em queda. Na Ásia, os índices fecharam no positivo.
Segundo os analistas da Commcor , em relatório, os investidores seguem com expectativas para o FOMC “em meio ao atual cenário delicado do setor financeiro”.
Os analistas da Mira Asset comentaram, em relatório, que o mercado fica atento à nova regra fiscal que será apresentada hoje ao presidente Lula.
“As expectativas são de que o novo arcabouço deve se propor ao disciplinamento das despesas, a cabê-las no orçamento. O risco é anunciar um arcabouço não disciplinador, mas leniente pelo aumento das despesas, sem nenhuma punição prevista. Uma ideia é que este seja anticíclico, permitindo a manutenção das despesas, mesmo em períodos de economia em desaceleração”.
Soraia Budaibes / Agência CMA
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