As bolsas da Europa fecharam majoritariamente em baixa nesta quinta-feira (27), refletindo a cautela dos investidores diante do cenário de incerteza política na região. Um dos principais temores é a consolidação fiscal, que enfrenta riscos significativos.
Resultado dos índices:
- FTSE-100 (Londres): -0,55% (8.179,68 pontos);
- DAX-30 (Frankfurt): +0,23% (18.205,39 pontos);
- CAC-40 (Paris): -1,03% (7.530,72 pontos);
- FTSE MIB (Milão): -1,06% (33.187 pontos);
- IBEX-35 (Madri): -0,72% (10.951,50 pontos);
- SMI-20 (Zurique): -0,09% (12.004,31 pontos);
- PSI-20 (Lisboa): -0,36% (6.522,65 pontos).
O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,41%, fechando a 458,23 pontos.
BCE e cortes de juros
Dirigentes do BCE demonstraram uma postura cautelosa em relação a novos cortes de juros. Martins Kazaks afirmou que o recente corte de 25 pontos-base foi simbólico e teve pouco efeito prático. Ele destacou que os próximos passos do BCE dependerão da inflação.
Peter Kazimir, outro dirigente do BCE, mencionou a possibilidade de novos cortes em 2024, mas alertou sobre o risco de aumento da inflação. Kazimir sugeriu que seria apropriado esperar até setembro para novas decisões, quando o BCE divulgará novas projeções econômicas.
Riksbank mantém juros
O Banco Central da Suécia, o Riksbank, decidiu manter sua taxa básica de juros em 3,75%. No entanto, sinalizou a possibilidade de dois ou três cortes na segunda metade do ano. Essa decisão reflete a postura cautelosa adotada por bancos centrais europeus diante das incertezas econômicas.
Eleições na França e riscos fiscais
As eleições legislativas na França, com o primeiro turno marcado para domingo, adicionam mais uma camada de incerteza. A expectativa é que a extrema direita tenha uma votação expressiva, o que pode resultar em um parlamento não alinhado às propostas de redução de gastos do presidente Emmanuel Macron.
Segundo a Oxford Economics, uma consolidação orçamentária bem-sucedida na região pode limitar a emissão de dívida, mas as melhorias podem ser desiguais se planos de consolidação enfrentarem pressão política em economias com déficits elevados.
Sentimento econômico em queda
O índice de sentimento econômico da zona do euro caiu inesperadamente em junho, atingindo 95,9 pontos. A queda foi impulsionada pela baixa confiança nos setores industrial e de serviços, embora a confiança dos consumidores tenha mostrado um leve avanço, confirmando estimativas preliminares.
Mercado de ações
Entre as ações individuais, a Hennes & Mauritz (H&M) caiu 12,97% em Estocolmo. A queda foi consequência de resultados trimestrais decepcionantes e projeções fracas da multinacional sueca de moda.