A CSN Mineração disse que ainda deve ter redução de volume produzido no primeiro trimestre devido às chuvas, mas que espera entregar o guidance de volume com menor custo que em 2022 e aumentar as vendas em 20% neste ano na comparação anual. A empresa divulgou guidance de C1 em US$ 21 por tonelada (t) para 2023 e espera cenário de preços forte neste ano, disse o o diretor financeiro da empresa, Pedro Oliva, na teleconferência de resultados realizada na manhã desta quinta-feira.
No 4T22, o C1 ficou em US$ 21,3 por t (9% acima do 3T22 e alta de 3% na base anual) devido principalmente a menores volumes produzidos e menor diluição de custo fixo. No frete marítimo, a rota Tubarão-Qingdao atingiu média de US$ 20,6 po t (queda 14% ante 3T22), principalmente devido à maior disponibilidade de navios.
Entre os destaques do quarto trimestre de 2022, a diretoria destacou que o melhor trimestre do ano em termos de volume de vendas somou-se ao impacto positivo nos preços realizados; o ebitda ajustado atingiu R$ 1,785 milhões no trimestre e com uma margem que voltou a superar o patamar dos 50%; e que distribuiu R$ 4,96 bilhões entre dividendos e JCP em 2022 e encerrou o ano com sólida posição de caixa de R$ 6,7 bilhões e baixa alavancagem, com uma liquidez suficiente para cobrir as amortizações dos próximos 9 anos de endividamento.
O Fluxo de Caixa Ajustado no 4T22 foi positivo em R$ 105 milhões, com o aumento do capital circulante líquido compensando o crescimento de ebitda do trimestre.
Os investimentos totalizaram R$ 222 milhões no 4T22, com recursos destinados à continuidade operacional e avanços da P15. No ano, o Capex atingiu R$ 1,211 bilhão, uma redução de 14% sobre 2021.
Em ESG, em 2022, a companhia completou 10 anos de atividade com zero fatalidades e reduziu em 30% o número de acidentes. Além disso, a empresa vem avançando na pauta de diversidade, com aumento anual de 21% de mulheres no efetivo.
ANÁLISE
A XP considerou os resultados como ligeiramente positivos, com o ebitda ajustado de R$ 1,785 bilhão (+93% T/T, +110% A/A), 7% acima da sua previsão. “Os resultados vieram acima das nossas estimativas devido aos custos abaixo do esperado. Percebemos que os investidores ainda estão tentando quantificar a reabertura chinesa e entender como o mercado imobiliário chinês reagirá olhando para frente. No entanto, acreditamos que os preços do minério de ferro já estão refletindo a maior parte do call de reabertura. Além disso, reconhecemos as dificuldades para encontrar um catalisador de curto prazo para um re-rating que não seja uma melhora na demanda chinesa. Apesar disso, ainda vemos CMIN negociando em múltiplos baixos, 3x EV/EBITDA 23, e mantemos nossa recomendação de Compra (preço-alvo de R$7,80/ação).”
Às 10h57 (horário de Brasília), o papel CMIN operava em queda de 2,16%, a R$ 4,97, em dia de baixa do minério de ferro na China. O Ibovespa recuava 0,25%.
Cynara Escobar / Agência CMA
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