Maioria no país, minoria no mercado financeiro. Enquanto a população brasileira conta com 51,1% de mulheres, elas são as donas de apenas 1 a cada 4 contas que operam na Bolsa de Valores.
O número total de investidores na Bolsa do Brasil, a B3, chegou ao volume recorde de 4,2 milhões de pessoas (com e 5 milhões de contas) neste ano. O percentual de mulheres, entretanto, se mantém praticamente inalterado nos últimos 10 anos. Oscila entre 23% e 28%.
A participação feminina no mercado financeiro ainda pode ser chamada de novidade. Até 1962, conta em banco era um atributo exclusivamente masculino, por lei.
Apesar de ser um fiel retrato de um dos aspectos da desigualdade de gênero, o mercado financeiro tem visto o crescimento de lideranças femininas, mundialmente.
As mudanças na mentalidade das empresas, combinadas com um maior acesso à educação e às oportunidades de carreira, têm levado a um aumento significativo na representação das mulheres.
Entre as mais influentes no mundo das finanças, citadas diariamente, podemos citar nomes como Christine Lagarde (foto), Janet Yellen (foto), Adena Friedman, Mary Callahan Erdoes e Abigail Johnson.
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Christine Lagarde é uma das mulheres mais famosas do mercado financeiro. Ela é a atual presidente do Banco Central Europeu (BCE), uma das instituições financeiras mais importantes da Europa, e uma das principais autoridades monetárias do mundo. Antes de assumir a presidência do BCE em 2019, Lagarde atuou como diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) e ministra das Finanças da França.
Ela é advogada e política de carreira que se tornou uma das mulheres mais influentes do mundo no campo das finanças. Sua liderança tem sido crucial na implementação de políticas econômicas e financeiras na Europa e no mundo.
Janet Yellen é a atual secretária do Tesouro dos Estados Unidos, a maior potência econômica do mundo. Nascida em Nova York em 1946, Yellen foi a primeira mulher a presidir o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, cargo que ocupou de 2014 a 2018. Ela também foi a primeira mulher a ocupar o cargo de Presidente do Conselho de Consultores Econômicos do Presidente dos EUA e serviu como presidente do Banco Central da Califórnia.
Adena Friedman é CEO da Nasdaq, a segunda maior Bolsa de Valores do mundo, nos EUA, desde 2017. Friedman estudou engenharia elétrica na Universidade Johns Hopkins antes de se interessar pelo setor financeiro. Sob sua liderança, a Nasdaq tem investido pesadamente em tecnologia.
Mary Callahan Erdoes é a CEO do JP Morgan Asset & Wealth Management, líder global em gestão de investimentos e private banking com mais de US$ 4 trilhões em ativos de clientes. Erdoes estudou na Georgetown University e na Harvard Business School antes de ingressar no J.P. Morgan Chase em 1996 Em sua gestão, a divisão de gestão de patrimônio do J.P. Morgan se tornou uma das mais rentáveis do banco.
Completando o time de mulheres mais poderosas do mundo financeiro, Abigail Johnson, por sua vez, é presidente e CEO da Fidelity Investments, que administra mais de US$ 10 trilhões em fundos e ativos. Johnson estudou administração na Harvard Business School antes de ingressar na Fidelity Investments, fundada por seu avô. Com ela, a empresa se expandiu, incluindo a entrada em novos mercados internacionais.
Imagem: Twitter/Reprodução