O índice de preços ao produtor (PPI) dos Estados Unidos subiu 0,2% em junho, acima das projeções do BTG Pactual, de 0,1%. O resultado divulgado pelo Departamento do Trabalho nesta sexta-feira (12) representa um aumento nos preços ao produtor, que em maio registrou deflação de 0,1%. No acumulado de 12 meses, a inflação é de 2,6%.
O avanço anualizado é o maior para o indicador desde março de 2023, quando a inflação estava em 2,7%. Por outro lado, o núcleo do PPI, que exclui itens voláteis como energia e alimentos, ficou estável (0%) em junho, e em 3,1% em 12 meses.
Principais influências para o PPI
Em junho, o aumento foi puxado pelos índices de demanda final. No último mês, os preços dos serviços de demanda final subiram 0,6%, enquanto o índice de bens caiu 0,5%, puxado pelo declínio de 5,8% nos preços da gasolina.
A recuperação nas margens dos provedores de serviços mais do que compensou os declínios no custo dos produtos. Os preços dos serviços aumentaram 0,6%, liderados por um salto de 1,9% nas margens para serviços de comércio de demanda final.
Dados de inflação elevam chances de corte nos juros
Com os dados da inflação ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI), o mercado viu as chances de um corte nos juros em setembro aumentar, de acordo com o FedWatch, monitoramento do CME Group.
Na manhã de ontem (11), antes da divulgação do principal índice de inflação norte-americano, a chance de um corte em setembro circulava em torno de 70%, e subiu para 92% após os dados.
Nesta manhã, a probabilidade aumentou para 98,1%, sendo que 93,5% acredita que haverá um corte de 0,25 ponto percentual e 4,6% esperam um corte de 0,5 ponto percentual. Atualmente, o mercado já precifica a chance de três cortes até dezembro.
Para a próxima reunião, em 31 de julho, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell e o colegiado do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) não devem alterar a taxa de juros.
Imagem: Piqsels