A Bolsa estende os ganhos e se firma nos 104 mil pontos impulsionada por frigoríficos, principalmente pelas ações da Minerva (BEEF3; +7,81%), commodities metálicas e exterior positivo. O Ministério da Agricultura e Pecuária confirmou, mais cedo que o caso de vaca louca no Pará foi atípico e deve se reunir virtualmente concomitante o governo chinês para prestar esclarecimentos.
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Após a forte a queda da véspera, a Bolsa abriu em alta na manhã desta sexta-feira, quando passou a ampliar os ganhos puxada pela Vale (VALE3), com maior peso no índice, e siderúrgicas, mas as preocupações dos investidores com as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Banco Central (BC) para a autoridade baixar os juros seguem no radar dos investidores. Além disso, o mercado fica na expectativa do anúncio do novo arcabouço fiscal.
Às 13h23 (horário de Brasília) o principal índice da B3 subia 0,88%, aos 104.219,27 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em abril avançava 0,98%, aos 105.525 pontos. O giro financeiro era de R$ 7,0 bilhões. Em Nova York, os futuros registravam alta.
As ações da VALE (VALE3) subiam 0,48%. Usiminas (USMI5) avançava 1,40% e CSN (CSNA3) tinha alta de 3,54%. Na ponta negativas estão as operadoras de planos de saúde Hapvida (HAPV3; -6,16%) e Qualicorp (QUAL3; -2,47%), a varejista Magazine Luiza (MGLU3; -3,08%) e a sucroalcooleira Raízen (RAIZ4; -2,39%).
Rafael Schmidt, operador de renda variável da One Investimentos, disse que a Bolsa se recupera de perdas recentes e é puxada por frigoríficos, com destaque para Minerva, e commodities metálicas que têm segurado o índice nos últimos dias.
Schmidt disse que as Minerva tiveram muita volatilidade nos últimos dias, depois que o Brasil suspendeu a venda de carne bovina para a China. Hoje vai ter reunião entre os setores responsáveis para retomar as exportações para a China, o que precificou em cima das ações da Minerva.
Mas cedo, os analistas da Commcor Corretor disseram que os investidores se atentam para as discussões políticas e de que forma “poderão afetar a condução da política monetária e a independência do Banco Central depois das críticas de Lula e até de Simone Tebet [ministra do Planejamento], que pediu um ‘gesto positivo do Copom” para reduzir os juros; lá fora os investidores esperam por dados de serviços para ver se o Fed terá de manter por mais tempo os juros altos”.
Soraia Budaibes / Agência CMA
Edição: Cynara Escobar / Agência CMA
Imagem: unsplash.com
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