Levando em conta os últimos cinco anos, o PIB brasileiro está no zero a zero. De 2018 ao fim de 2022, a variação foi grande, com altas e baixas devidas à pandemia de Covid-19, ao cenário internacional e à política econômica do governo de Jair Bolsonaro (2019-2022).
Para uma análise mais precisa, todos os valores utilizados no levantamento são em dólares, isto porque a cotação das moedas estrangeiras (e do próprio real), flutuam dia a dia, mas a moeda americana é a referência para negociações.
A pandemia afetou o crescimento da maioria das economias, emergentes ou não, e o que está em pauta na verdade é a capacidade de recuperação no pós Covid-19.
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No mundo todo, de 2018 a 2021, quem teve o maior crescimento do indicador foi o Timor-Leste, país com a dimensão de 15 mil quilômetros quadrados, ou seja, de tamanho inferior ao menor estado brasileiro – Sergipe, com 22 mil quilômetros quadrados.
Em países menores, a capacidade de flutuação do PIB é muito maior, ou seja, pequenos eventos podem resultar em variações gigantescas em um curto espaço de tempo.
Por isso, faz mais sentido avaliar o resultado brasileiro em comparação às 20 maiores economias do mundo, ou o G20.
Com exceção da Coréia do Sul, que não tem números registrados no centro de dados do Banco
Mundial, o Brasil foi o terceiro país que menos cresceu, ficando melhor apenas do que a Austrália, que teve sua economia reduzida em 4% e a Argentina (-7%).

Elaboração Própria
Já a Turquia teve um crescimento de mais de 200%, mas é importante lembrar que o país passou por uma crise financeira nos últimos anos, em sua tentativa de entrar na União Europeia.
Comparado ao BRICS, o Brasil teve um resultado bem abaixo de seus pares, mas muito melhor do que o visto de 2018 a 2021, quando nossa nação ocupava a colocação 158 no quesito crescimento de PIB (dos 197 países com dados registrados no Banco Mundial).
2022 então foi um ano de fôlego financeiro. Mesmo com debates sobre os gastos com programas sociais, a verdade é que o Brasil conseguiu recuperar em torno de US$ 300 bilhões em comparação a 2021, e crescer 2,9% no ano.

Elaboração Própria
Os Estados Unidos, maior economia do mundo, cresceram menos, apenas 2,1%, enquanto a China, sua principal rival, passou do Brasil em 0,1 pontos percentuais.
Por aqui, quem liderou o resultado foi São Paulo, que dos R$ 2,6 trilhões acrescidos em 2022 em todo o país, R$ 2,3 trilhões pertencem apenas ao estado paulista.
Não dá também para esquecer da Rússia, que em meio a uma guerra conseguiu crescer 139% de 2018 para cá.
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