A Cosan disse que o ano de 2023 será de execução após a construção de importantes avenidas de crescimento e que avalia oportunidades em aquisições e venda de ativos para melhor rentabilização de seu conglomerado.
“Construímos um portfólio robusto, com várias avenidas de crescimento em todas as nossas operações e 2023 será um ano de execução. A volta do imposto é uma ótima notícia para a Raízen. Na Rumo, é entregar a expansão para Lucas de Rio Verde e bater recordes de entrega em soja, milho, refinados e etanol, estamos motivados para bater as metas. Na Moove, esperamos agregar mais valor em produtos sintéticos e oportunidades nas Américas e Europa. Na Compass, vamos olhar oportunidade no gás. Em terras, buscamos investimentos em carbono. Além disso, vamos avaliar oportunidades para desinvestimento em ativos para melhorar nossa estrutura de capital e capacidade de realizar aportes futuros”, resumiu o presidente da Cosan, Luis Henrique Guimarães, ao final da teleconferência de resultados do quarto trimestre, finalizada a pouco.
O CEO da Cosan disse que está olhando investimentos em irrigação e outras áreas para possíveis aquisições, como terras para irrigação, cultivo de soja e oportunidades no mercado de carbono, mas que não definiu nenhuma meta para estes aportes. O executivo disse que a empresa adquiriu uma fazenda “que estava em estágio importante de precificação e a manterá no portfólio para colher resultados em soja.”
Em relação à participação na Vale, o CEO disse que continua avaliando como aportar investimentos na mineradora “dentro das suas regras de governança”. “Nada mudou, continuamos avaliando oportunidades no minério de ferro dentro do contexto de transição energética, seguindo as regras de governança da companhia.”
Ricardo Lewin, CFO e diretor de RI, disse que a companhia fez uma alteração nas ações da companhia na Vale, em que ações passaram do curto para longo prazo. “É um conceito contábil, uma vez que o investimento é de longa prazo, então, a ação passa a fazer parte do ativo circulante.”
A empresa não exerceu a opção de “collar”, mantém sua participação abaixo de 5% na mineradora e que considera o atual cenário de alto custo de capital antes de anunciar qualquer mudança em sua participação acionária na Vale.
Para Guimarães, a opção do governo pela volta dos impostos mostra respeito ao cenário global de transição energética e segurança regulatória. “O anúncio do ministro da Fazenda Fernando Haddad, ontem à noite, foi um bom movimento, mostra responsabilidade fiscal e social, o contexto de eficiência energética e fontes renováveis, que o Brasil tem capacidade de mostrar protagonismo.”
O executivo disse que espera que o Brasil consiga tornar o gás relevante para a matriz energética brasileira e que “entende o movimento do governo em relação à tributação da exportação” – ontem o governo anunciou uma Medida Provisória que propõe a taxação das exportações de óleo cru.
Após a consolidação da Sulgás e Commit, a Cosan está de olho em oportunidades em comercialização, privatizações e outras áreas. “Estamos montando um portfólio de produtos e serviços, como cogeração, na Commit. Estamos nos preparando, aumentando a rede de distribuição e acreditamos que haverá demanda. O mercado livre vai acontecer e com o TSP pronto, poderemos ampliar a nossa operação”, comentou o CEO da Cosan.
Cynara Escobar / Agência CMA
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