A desistência de Joe Biden da corrida eleitoral nos Estados Unidos é o principal destaque nesta manhã de segunda-feira (22). Após ser pressionado a não concorrer ao segundo mandato, o candidato do partido Democrata divulgou ontem (21) um comunicado retirando o seu nome da disputa.
Apesar da desistência, Biden afirmou que cumprirá o seu mandato até o final. Neste domingo, o presidente norte-americano demonstrou seu apoio à candidatura da atual vice-presidente, Kamala Harris, na disputa contra o Republicano Donald Trump.
A saída do atual presidente foi amplamente discutida nas últimas semanas, à medida que a campanha perdia forças. Segundo o jornal Washington Post, o ex-presidente Barack Obama, uma das figuras mais relevantes do partido, também acreditava que Biden deveria reconsiderar sua permanência, já que as chances de vencer diminuíram.
Impacto da desistência de Joe Biden
Com o abandono de Biden, o mercado financeiro deverá repercutir os possíveis desdobramentos ao longo desta semana, buscando novos indicativos para a eleição que ocorre em novembro.
Nesta segunda, o comportamento do dólar em relação a alguns de seus principais pares deverá ser acompanhado de perto pelos investidores. O índice DXY, que mede o desempenho da moeda na comparação a uma cesta de divisas estrangeiras, abriu em leve queda de 0,11%.
Em Wall Street, os três principais índices futuros amanheceram em alta reagindo à disputa eleitoral. Confira o desempenho às 9h40:
- Nasdaq 100 Futuros: 19.923,00 (+1,07%)
- Dow Jones Futuros: 40.651,00 (+0,22%)
- S&P 500 Futuros: 5.591,00 (+0,67%)
No Brasil, o real se valoriza em relação ao dólar neste início de pregão. Às 10h, a moeda norte-americana caía 0,35%, aos R$ 5,57. Por outro lado, o Ibovespa futuro subia perto de 0,50%, aos 128.490 pontos.
Favoritismo de Trump
Após o primeiro debate presidencial entre Biden e Trump, a probabilidade de uma vitória do republicano aumentou consideravelmente, devido ao comportamento do democrata e às dúvidas sobre a sua capacidade de liderar a maior economia do mundo em um segundo mandato.
Além disso, o atentado contra Trump no último dia 13 também influenciou a disputa eleitoral. As probabilidades de vitória do Republicano aumentaram significativamente desde o acontecimento.
Segundo dados da consultoria política Eurasia, as chances de Trump vencer as eleições estavam em 75% e, após o anúncio, reduziram para 65%. Para a empresa, a vice-presidente é a favorita para ser indicada pelo partido Democrata.
Para o diretor da Eurasia para as Américas, Christopher Garman, o ambiente ainda é incerto. “Mesmo que o favoritismo de Trump tenha aumentado nos últimos meses, é uma eleição que ainda não está decidida”, disse ele em entrevista ao Broadcast.