As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) operam em alta com incertezas acerca da reoneração dos combustíveis.
O presidente Lula está reunido neste momento no Palácio do Planalto com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, para tratar dos detalhes da reoneração.
Segundo Josian Teixeira, diretor e Gestor de Recursos da Lifetime Asset Manegement, o mercado gostou bastante do anúncio de reoneração do ponto de vista fiscal.
Isso aumenta a arrecadação e melhora a perspectiva de inflação no longo prazo. O lado ruim é a inflação de curto prazo, alertou. A gente precisa acompanhar se o Governo diminuirá o preço dos combustíveis para compensar o aumento do tributo, disse.
A Bolsa perdeu força e opera com volatilidade entre altas e baixas com os investidores no aguardo das definições sobre a volta do tributo dos combustíveis, as ações da Petrobras (PETR3 e PETR4) que vinham em alta passaram a ter instabilidade. Somada a isso, o exterior também não ajuda no bom humor do mercado. As ações das bolsas em Nova York operavam em queda. Os agentes financeiros ficam na expectativa do término da reunião entre presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, da Casa Silva, Rui Costa, de Minas e Energia, Alexandre Silveira e CEO da Petrobras, Jean Paul Prates. Ontem, Haddad apresentou uma proposta para o retorno da cobrança do imposto dos combustíveis que dá prioridade à sustentabilidade ambiental e a proteção social e impondo uma oneração maior à gasolina. Ele ainda disse que a Petrobras tem um “colchão” para evitar a alta dos preços.
O dólar sobe, oscilante. Por mais que a situação fiscal doméstica tenha melhorado, com a reoneração dos combustíveis que irá vigorar a partir de março, a persistente inflação global segue preocupando. De acordo com sócio da Ethimos Investimentos Lucas Brigato, “o mercado reagiu bem à reunião do Lula com o presidente da Petrobras (Jean Paul Prates). É um bom primeiro passo”. Brigato demonstra preocupação com a inflação global que não demonstra perder força, em especial na Europa. Para o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, é importante, do ponto de vista da política monetária, concentrar os aumentos de preços no primeiro trimestre para que o Banco Central (BC) possa ter mais clareza para início no corte da Selic (taxa básica de juros).
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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