Brasil e Estados Unidos anunciaram uma nova parceria focada em questões climáticas. O comunicado ocorreu no encontro dos ministros das finanças e presidentes de Bancos Centrais do G20, no Rio de Janeiro, após o pronunciamento da carteira do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, e do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O acordo traz a intenção de trabalharem juntos, bilateral e multilateralmente, não apenas para envidar soluções para os desafios ambientais mais urgentes, mas também para aprimorar a coordenação e a integração, regional e nacional, de nossas economias sustentáveis e resilientes.
Pontos principais
A parceria pelo clima entre Brasil e Estados Unidos se baseia em quatro pilares:
- Cadeias de suprimento de energia limpa
- Mercados de carbono de alta integridade
- Finanças da natureza e da biodiversidade
- Fundos climáticos multilaterais
Objetivos do acordo
A parceria visa desenvolver políticas e reformas em instituições internacionais para tornar o capital público e privado mais eficiente no enfrentamento dos desafios climáticos. O acordo promove tecnologias para a produção de energia limpa, cadeias de valor resilientes, mercados de carbono íntegros e conservação de florestas e biodiversidade.
Cooperação em fóruns multilaterais
Brasil e Estados Unidos pretendem ampliar a cooperação em fóruns multilaterais como o G20, reuniões anuais do Banco Mundial e do FMI, além de outras instituições financeiras internacionais. A coalizão dos ministros de finanças para ação climática e as conferências anuais de acordos ambientais multilaterais também serão plataformas importantes para essa cooperação.
Fundo de Investimento Climático (CIF)
A parceria tem como objetivo traçar a direção estratégica do CIF (Fundo de Investimento Climático). Esse fundo apoiará o lançamento de um mecanismo de mercado de capitais, que financiará novos planos de investimento em tecnologias limpas. O Brasil poderá se beneficiar da janela futura do fundo de tecnologia limpa do CIF, reforçado por um empréstimo de US$ 568 milhões dos EUA em 2023.
Menção às enchentes no Rio Grande do Sul
O comunicado também expressou as enchentes no Rio Grande do Sul em abril, expressando condolências às famílias das vítimas e registrando os esforços do governo brasileiro para ajudar as pessoas desalojadas.
Alinhamento de políticas ambientais
Desde o ano passado, o Tesouro Americano e o Ministério da Fazenda do Brasil implementaram medidas para alinhar suas instituições às melhores práticas ambientais e climáticas. Funcionários de ambas as instituições se reuniram diversas vezes para promover o desenvolvimento econômico inclusivo, preservar o meio ambiente, fomentar a integração regional e avançar valores democráticos e de justiça social.
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