A presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Cleveland, Loretta Mester, disse hoje que as taxas de juros provavelmente precisam continuar subindo para levar a inflação de volta a níveis aceitáveis.
Em entrevista à CNBC, Mester disse que vê a taxa de juros de referência do banco central tendo que subir acima de 5% e permanecer neste nível por um tempo.
“Vejo que vamos ter que trazer a taxa de juros acima de 5%”, disse Mester. “Vamos descobrir quanto acima. Isso vai depender de como a economia evolui ao longo do tempo. Mas eu acho que temos que estar um pouco acima de 5% e nos manter lá por um tempo, a fim de colocar a inflação em uma trajetória descendente sustentável para 2%.”
Os juros, que define o nível que os bancos cobram uns dos outros por empréstimos, se espalha para muitas formas de dívida do consumidor, está atualmente em uma faixa alvo de 4,5% a 4,75%.
Mester virou notícia recentemente quando revelou que estava entre um pequeno grupo de autoridades do Fed que, no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) de 31 de janeiro a 1º de fevereiro, queriam um aumento de 0,5 ponto percentual (pp) nos juros, em vez do movimento de um 0,25 pp que o painel aprovou.
Mais cedo, o principal indicador de inflação que o Fed adota para tomar suas decisões, o índice de preços para os gatos pessoais (PCE, na sigla em inglês) veio acima das previsões, o que pode dar um aval para a política restritiva do banco central.
A renda dos norte-americanos em janeiro subiu 0,6% em relação a dezembro, uma alta de US$ 131,1 bilhões em termos absolutos, segundo dados divulgados pelo Departamento do Comércio dos Estados Unidos. Os gastos pessoais (PCE) subiram 1,8% na mesma base de comparação, uma alta de US$ 312,5 bilhões.
Darlan de Azevedo / Agência CMA
Imagem: divulgação
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