O dólar comercial fechou em queda de 0,58%, cotado a R$ 5,1380. A moeda refletiu a calmaria doméstica e a melhora do ambiente global, com a divulgação de resultados que apontam para a possibilidade da economia norte-americana não entrar em recessão.
Para o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, o fluxo estrangeiro, as altas taxas de juros praticadas no Brasil, a discussão sobre a meta de inflação do noticiário e a postura austera do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, têm contribuído para a valorização do real: “O fundamento está do nosso lado, estamos muito descontados”, opina.
Borsoi também entende que “o mercado chegou onde o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) quer”, e que o pior cenário já foi precificado, a não ser que a instituição mude de postura.
A segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre nos Estados Unidos, apontou alta de 2,7% (ante projeção de +2,9%), enquanto o número de novos pedidos de seguro-desemprego caíram para 192 mil na semana encerrada no dia 18 de fevereiro, abaixo das expectativas de 197 mil.
De acordo com o head de tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, “os dados até que foram bons. A gente ainda trabalha com prêmio em relação a outras moedas”.
Weigt entende que a definição do arcabouço fiscal doméstico é ainda mais importante que a definição dos próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), e que esta definição inevitavelmente irá iniciar um processo de diminuição nos juros brasileiros.
Paulo Holland / Agência CMA
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