Hoje, os investidores estão atentos a uma série de fatores que podem influenciar os mercados globais e locais, desde a divulgação de balanços de grandes empresas de tecnologia até as recentes decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed) nos Estados Unidos e no Brasil.
As projeções indicam um dia movimentado, com possíveis impactos significativos em vários setores.
Reação do mercado à super quarta
Na última “Super Quarta”, as decisões dos principais bancos centrais geraram reações positivas nos mercados globais. O Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos manteve a taxa de juros, mas sinalizou um possível corte em setembro. Essa perspectiva de redução dos juros trouxe otimismo, especialmente para o setor de tecnologia, com o índice Nasdaq subindo 2,6% e o S&P 500, que inclui as 500 maiores empresas do mercado norte-americano, avançando 1,58%.
Esse cenário indica que os investidores estão confiantes de que o Fed terá espaço para reduzir os juros em breve, o que pode estimular ainda mais o mercado de ações.
Cenário brasileiro
No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa Selic em 10,50% ao ano, conforme esperado pelo mercado. A decisão trouxe estabilidade, sendo bem recebida pelos investidores que buscam previsibilidade. Antes mesmo da decisão, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, subiu 1,2%, e, após a divulgação, o mercado continuou a reagir positivamente, com destaque para as ações da WEG, que dispararam 10,7%.
Movimentação dos mercados internacionais
Nos mercados internacionais, os índices futuros de Nova York operam em alta, com o S&P 500 futuro subindo 0,4%, impulsionado pela expectativa de bons resultados das gigantes de tecnologia, como Apple, Amazon e Intel, que divulgarão seus balanços hoje. Na Europa, o índice Stoxx Europe cai 0,3%, enquanto o FTSE 100 se mantém estável.
Na Ásia, o Nikkei 225, do Japão, fechou em queda de 2,5%, refletindo a decisão surpreendente do Banco Central do Japão de aumentar sua taxa de juros. Essa medida impactou negativamente o mercado de ações japonês e teve repercussões globais. O índice Shanghai Composite também registrou uma leve queda de 0,2%.
Perspectivas econômicas globais
Além dos resultados corporativos, o mercado está atento a uma série de indicadores econômicos que serão divulgados ao longo do dia. Nos Estados Unidos, as atenções se voltam para os pedidos semanais de seguro-desemprego, o PMI industrial de julho e o índice de atividade industrial ISM, que fornecerão pistas sobre o desempenho econômico do país.
Na Europa, a taxa de desemprego da zona do euro subiu para 6,5% em junho, e o PMI industrial de julho permaneceu estável em 45,8 pontos, indicando contração na atividade. Na China, o PMI industrial Caixin caiu para 49,8 em julho, refletindo um enfraquecimento da atividade industrial.
Empresas
Meta
A dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, já reportou um lucro líquido de US$ 13,46 bilhões, superando as expectativas e impulsionando suas ações em 6,2% no pré-mercado de Nova York. Além disso, a empresa estima uma receita entre US$ 38,5 bilhões e US$ 41 bilhões para o terceiro trimestre de 2024.
Gerdau
A empresa anunciou a distribuição de R$ 252 milhões em dividendos, além de um programa de recompra de 68 milhões de ações preferenciais, após reportar um lucro de R$ 859,1 milhões no segundo trimestre de 2024.
Ambev
A companhia também divulgou seus resultados, com um lucro de R$ 2,45 bilhões e receita de R$ 20,04 bilhões.
Outras
Para hoje, após o fechamento do mercado, estão previstos os balanços de empresas como AES Brasil, Auren, Cielo, EZTec, LogCP e Marcopolo, que podem trazer novas informações relevantes para os investidores.