As taxas curtas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) fecharam mistas, em dia de ajuste após a queda expressiva observada nas taxas na sessão do dia anterior.
A sinalização dada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que a nova âncora fiscal do país pode ser antecipada para março foi bem recebida pelo mercado.
Para alívio de grande parte dos investidores, a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) hoje não possui em sua pauta a mudança das metas de inflação, garantido pelo ministro Fernando Haddad, o qual garantiu antecipar a discussão do arcabouço fiscal, ou ao menos iniciá-la, pelo que parece, afirmou Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset.
Ainda que a falta de discussão do tema neste momento somente municie os agentes políticos governamentais a preservar seu ataque ao Banco Central, os juros e seu presidente, dá também tempo para que o tema esfrie e talvez, as conversas amadureçam, completou.
Por outro lado, os dados de inflação no atacado nos EUA vieram fortes, acima do esperado. O PPI veio em 0,52%, acumulando 5,4% em doze meses, quando o esperado era 0,49%
Isso coloca na discussão dos investidores se haverá mesmo apenas duas altas de juros nos EUA. O mercado está reagindo ao aumento de risco lá fora, afirmou Pedro Paulo Silveira, diretor de Gestão de Recursos da Nova Futura Gestora.
Por volta das 16h30 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2024 tinha taxa de 13,235% de 13,300% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2025 projetava taxa de 12,550%, de 12,620%, o DI para janeiro de 2026 ia a 12,730%, de 12,735%, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 12,950% de 12,910% na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava de lado, cotado a R$ 5,2210 para venda.
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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