Nesta sexta-feira (2), o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em queda de 1,21%, aos 125.854,09 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ de R$ 23,8 bilhões. Na semana, o índice caiu 1,29%.
A queda foi influenciada pelos dados do mercado de trabalho (payroll) nos EUA, que vieram abaixo da projeção dos analistas. Os dados elevaram as preocupações sobre uma possível recessão na maior economia do mundo, o que teve reflexos diretos no mercado financeiro global.
O cenário de aversão a risco externo, também impactado tensões no Oriente Médio, penalizou o petróleo. Com a queda superior a 3% dos contratos de petróleo Brent (que até tocou mínima desde janeiro) e WTI, as ações da Petrobras cederam 3,04% (ON) e 3,01% (PN, na mínima intradia).
Payroll
A economia dos Estados Unidos criou 114 mil vagas de trabalho em julho. Os dados do payroll (relatório de empregos) divulgados na manhã desta sexta-feira (2) vieram abaixo da projeção dos analistas, que esperavam 175 mil novos postos de trabalho. Com este resultado, as chances do Federal Reserve (Fed) cortar os juros de forma mais agressiva aumentaram.
Segundo o FedWatch (monitoramento realizado pelo CME Group), antes da divulgação do payroll, a chance de um corte de 0,25% em setembro já era esperada, mas após os dados mais fracos, o mercado passou a acreditar em um corte de 0,5%. As probabilidades subiram para 68,5%.
Mercado de ações
Outras ações com forte peso no Ibovespa, como a Vale ON (-1,39%), Santander Brasil (-3,12%) e Itaú PN (-1,26%), também cederam ao território negativo.
Entre as maiores altas do dia, ficaram Magazine Luiza (+7,13%), Eztec (+6,51%) e Vamos (+6,38%). Do outro lado, Embraer (-6,59%), Weg (-5,72%) e Gerdau (-4,62%), foram as ações com pior desempenho.