As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) seguem em queda com mercado reagindo à entrevista do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, no Roda Viva, ontem à noite.
“O mercado sentiu confiança no trabalho do Banco Central, após entrevista do Campos Neto ontem no Roda Viva, disse Bruno Komura, da Ouro Preto. Ele reiterou que vai continuar trabalhando de forma independente, como instituição de estado e não de governo, completou.
Em uma sessão volátil, Bolsa tenta se manter em alta com apoio da Vale (VALE3), ação de forte peso no índice, e com o mercado respirando aliviado com a entrevista de ontem do presidente do Banco Central (BC) Roberto Campos Neto ao programa Roda Viva, da TV Cultura, se mostrando disposto a trabalhar alinhado com o governo.
Felipe Leão, especialista da Valor Investimentos, disse que a inflação nos Estados Unidos mostrou desaceleração lenta, o que deve levar o Fed “a aumentar as taxas de juros em um pico mais elevado que anteriormente e a incerteza com a recessão aciona as bolsas lá fora”.
O dólar cai. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,5% em janeiro ante dezembro, em linha com as projeções do mercado. No cenário doméstico, a aparente trégua entre Banco Central (BC) e Lula anima os mercados e beneficia a moeda brasileira. Para a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, “eu ainda tenho alguma cautela em relação a estes dados. Houve uma melhora substancial, mas pensar numa desaceleração nos próximos sete meses, como nos sete meses anteriores, é pouco provável”. Abdelmalack entende que a inflação do setor de Serviços segue preocupante, e que o mercado está tentando “tatear” quando irá começar o corte de juros nos Estados Unidos.
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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