O gestor do fundo Esh Capital, Vladimir Timerman, sofreu a segunda derrota em dois meses, na sua briga com Nelson Tanure, acionista majoritário da construtora Gafisa.
Dono de 15% das ações da construtora, Timerman, que é muito ativo (e polêmico) nas redes sociais, não conseguiu suspender os direitos políticos de Tanure, Banco Master, MAM Asset e Trustee Distribuidora, nas votações referentes ao futuro da Gafisa.
A briga entre Gafisa e Esh tem movimentado as ações da construtora desde janeiro.
O fundo comprou diversas ações da Gafisa recentemente e, com o aumento da sua participação, começou a disputar mudanças na gestão da empresa.
Com isso, seguiu-se uma guerra judicial, com liminares suspendendo e liberando a realização de assembleias e o aumento de capital aprovado pela atual administração.
O fundo acusa a gestão atual de causar prejuízo à empresa e tentou antecipar uma assembleia de acionistas para pressionar a administração. A companhia se defende e afirma que o fundo age de forma especulativa e com intenções “duvidosas”.
O Conselho de Administração da Gafisa chegou a entrar com duas queixas-crime contra Timerman. Segundo o jornal Valor Econômico, o gestor é acusado de fazer “inúmeras manifestações criminosas e contra a honra”. Dentre os supostos delitos estão difamação e injúria.
Timerman rebate, afirmando que se trata de uma tentativa de intimidação por parte da empresa.
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