A Berkshire Hathaway, do bilionário Warren Buffett, resolveu apostar alto na renda fixa e atingiu a marca de US$ 234,6 bilhões (R$ 1,3 trilhão) em investimentos em títulos do Tesouro dos Estados Unidos. O valor representa uma fatia maior do que a do Federal Reserve (Fed).
Segundo o Fed, até o dia 31 de julho, a instituição possuía US$ 195,2 bilhões (R$ 1,09 trilhão) em letras do Tesouro (também conhecidos como T-bills). Os títulos são considerados como os mais seguros do mundo, por serem emitidos e lastreados pelo governo norte-americano.
Buffet dobra investimentos em T-bills no 1º semestre
Nos primeiros seis meses de 2024, Buffett aumentou a sua carteira de investimentos no Tesouro norte-americano de forma substancial. Atualmente, o investidor possui 4% de todas as letras emitidas pelos EUA.
Até o final de 2023, a Berkshire possuía cerca de US$ 130 bilhões (R$ 728,8 bilhões) em investimentos de curto prazo. Com uma taxa de juros mais alta, os retornos desses títulos passaram a ser mais altos.
Em maio, durante o encontro anual de investidores da Berkshire, Buffett já havia informado que a posição da companhia deveria ultrapassar os US$ 200 milhões no segundo trimestre.
De acordo com informações veiculadas pela CNBC em junho, Buffett vem comprando nos leilões do Tesouro, papéis com vencimento de 3 e 6 meses todas as segundas-feiras.
Warren Buffett aumenta fortuna com vendas
Nos últimos meses, o bilionário tem reduzido a sua participação por meio da Berkshire em algumas companhias. A mais recente delas foi na Apple — revelada no relatório trimestral da companhia —, quando a Berkshire vendeu quase metade da sua participação.
Além dessa venda, a empresa comandada por Buffett também vendeu US$ 4 bilhões (R$ 22,4 bilhões) da sua participação no Bank of America, em julho. Ainda assim, as duas companhias são os maiores investimentos em ações da Berkshire.
Imagem: Chris Goodney