O Grupo Pão de Açúcar (GPA) divulgou ontem (6) os resultados do segundo trimestre de 2024, registrando um prejuízo líquido consolidado de R$ 332 milhões. O valor representa uma redução de 21,9% em relação ao prejuízo de R$ 425 milhões registrado no segundo trimestre de 2023. Entretanto, no acumulado do primeiro semestre, o prejuízo líquido alcançou R$ 992 milhões, uma alta de 47,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Prejuízo líquido
O prejuízo líquido continuado no segundo trimestre de 2024 foi de R$ 272 milhões, uma melhora de R$ 52 milhões na comparação anual. Segundo o GPA, ajustando o impacto dos créditos de IR/CSLL, o prejuízo líquido continuado seria de R$ 173 milhões, refletindo uma melhora de R$ 95 milhões em relação ao segundo trimestre de 2023.
Ebitda ajustado
O Ebitda ajustado, que é o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, atingiu R$ 396 milhões no 2T24, representando um crescimento de 34,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. A margem Ebitda Ajustado foi de 8,8%, um aumento de 2,1 pontos percentuais na comparação anual. A receita líquida do trimestre foi de R$ 4,4 bilhões, uma alta de 2,5% em relação ao 2T23.
Resultado financeiro do Grupo Pão de Açúcar
O resultado financeiro líquido da companhia foi negativo em R$ 199 milhões no 2T24, o que representa 4,4% da receita líquida. Apesar disso, houve uma melhora de 11,9% em relação ao mesmo período de 2023, principalmente devido à redução de R$ 1,2 bilhão na dívida líquida e à queda na taxa básica de juros. No entanto, essa melhora foi parcialmente compensada pelo início do reconhecimento dos juros das parcelas do Acordo Paulista. Com a inclusão dos juros sobre o passivo de arrendamento, o prejuízo financeiro alcançou R$ 319 milhões, equivalente a 7,1% da receita líquida.
Dívida líquida
Nos últimos 12 meses encerrados no 2T24, o GPA conseguiu reduzir sua dívida líquida em R$ 1,2 bilhão, impulsionado pela venda de ativos não essenciais e pela oferta pública primária de ações, que totalizaram R$ 2,3 bilhões, além da geração de caixa livre operacional de R$ 272 milhões. Esse desempenho positivo foi resultado principalmente do aumento do Ebitda pré-IFRS 16 e da redução no Capex.
A dívida líquida total do grupo, incluindo o saldo de recebíveis não antecipados, foi de R$ 1,7 bilhão no 2T24, uma redução de R$ 1,2 bilhão em comparação ao mesmo período do ano anterior. A alavancagem financeira pré-IFRS 16, que mede a dívida líquida em relação ao Ebitda ajustado do GPA Brasil, também mostrou melhora, passando de 7,9x para 2,8x na comparação anual.
Crescimento das vendas totais do Grupo Pão de Açúcar
As vendas totais do GPA no 2T24 atingiram R$ 4,8 bilhões, um aumento de 2,1% em relação ao 2T23. O formato de lojas de proximidade foi destaque, com um crescimento de 22,5%, impulsionado pela abertura de 51 lojas nos últimos 12 meses. No mesmo período, o GPA fechou 8 lojas, sendo 5 da bandeira Extra Mercado e 3 de proximidade.
Vendas de mesmas lojas mostram recuperação
As vendas de mesmas lojas no Pão de Açúcar cresceram 2,7% no 2T24, refletindo uma melhora no volume de vendas e no fluxo de clientes, especialmente nos meses de maio e junho. Já no Extra Mercado, o crescimento de vendas de mesmas lojas foi de 3,4%, seguindo a tendência observada no Pão de Açúcar.