As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) fecharam mistas, acompanhando cenário externo e incertezas domésticas.
No cenário externo, os agentes operam em compasso de espera, aguardando a divulgação dos dados do índice de preços ao consumidor nos Estados Unidos amanhã.
Internamente, o mercado aguarda a próxima reunião do Conselho Monetário Nacional e as discussões acerca da nova meta de inflação.
Nesta reunião do CMN nada deve ser decidido, ficando a alteração da meta de inflação, talvez, para meados do ano. Parte do mercado, no entanto, gostaria que isso fosse antecipado, afirmou o time de economistas da Mirae Asset em relatório. Nesta segunda-feira, o diretório do PT se reúne para discutir a política de juros, RCN se reúne com banqueiros da Febraban e à noite vai ao Roda Viva, destacou a equipe.
Para Rafaela Vitória, economista-chefe do Banco Inter, podemos ver uma nova surpresa nos dados de varejo dos EUA amanhã. Na agenda da semana o foco será o CPI na terça, e já esperada uma aceleração em relação a dezembro, mas depois do forte dado de payroll, pode vir nova surpresa. Aqui, a expectativa será pelo CMN na quinta, se enfim entrará na pauta a discussão sobre a meta de inflação, disse.
O time do Bradesco, em relatório, lembra que a curva de juros esteve volátil, encerrando a semana com ganho de inclinação diante da intensificação do debate para alteração da meta de inflação, IPCA de janeiro pouco abaixo do esperado e alta dos treasuries e dólar.
As críticas realizadas pelo chefe do executivo direcionadas ao nível da Selic e a independência do BC continuaram na semana, porém, declarações do ministro da articulação política do governo apaziguando discursos heterodoxos adicionou força de baixa na curva de juros no começo da semana, afirmou a equipe.
Por volta das 16h40 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2024 tinha taxa de 13,500% de 13,445% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2025 projetava taxa de 12,960%, de 12,870%, o DI para janeiro de 2026 ia a 13,010%, de 12,965%, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 13,110% de 12,915% na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em queda, cotado a R$ 5,1750 para venda.
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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