A Usiminas divulgou na sexta-feira (10) o balanço do quarto trimestre de 2022, com prejuízo líquido de R$ 838,8 milhões, revertendo lucro
de R$ 2,48 bilhões no mesmo trimestre de 2021.
O prejuízo é reflexo do registro de R$ 1,4 bilhão na conta de Impairment, com a contabilização de R$ 1,7 bilhão negativo na Unidade de Siderurgia e reversão de R$ 293 milhões positivos na Unidade de Mineração, sem efeito no EBITDA Ajustado.
Para o BTG Pactual, os resultados da companhia foram pressionados por preços mais fracos versus custos e uma série de contratempos operacionais impactando as margens.
“A empresa continua prejudicada por uma base de custos elevada, após os contratempos enfrentados em seus fornos de coque há alguns meses. Além disso, a Usiminas deve passar por uma grande parada de manutenção (uma vez a cada 20 anos) em seu alto-forno principal, o
que deve manter sua base de custos em níveis elevados nos próximos trimestres”, explicou a corretora.
A análise conclui mantendo a recomendação neutra com ações sendo negociadas a 4x EV/EBITDA (maior nível entre as empresas de siderurgia), um prêmio de 20-30% para seus pares latino-americanos, e preço-alvo de R$ 8/ação.
A Genial Investimentos disse que o resultado ainda reflete um cenário macro mais desafiador, com a continuação de uma dinâmica de volume em detrimento de preço realizado, tanto na análise trimestral quanto na anual.
“Vendo uma margem de segurança mais espremida para o papel, tendo em vista uma expectativa de perda de performance para 2023, reiteramos a nossa recomendação de manter após um rebaixamento de rating no relatório de prévias, acompanhado de um corte de preço-alvo que realizamos em nosso relatório de prévias em R$ 8,60, deixando ações com um upside de +17,17%”, explicou o relatório da Genial.
Emerson Lopes / Agência CMA
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