O Ibovespa futuro abriu em alta e passou a cair em meio aos dados de vendas no varejo pior que o esperado, exterior positivo, repercutindo o índice de Preços ao Consumidor (IPCA) – inflação oficial do país – de janeiro levemente abaixo das expectativas- e à espera de dados de pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos, após um payroll forte na sexta-feira.
Por aqui, a temporada de balanço vai ganhando cada vez mais força e após o resultado do Itaú (ITUB4), que agradou o mercado, hoje é a vez do Bradesco (BBDC3 e BBDC4), após o fechamento do mercado. Ontem, os bancos subiram fortemente, só as ações do Itaú teve alta mais de 8% puxando o Ibovespa.
Ainda no âmbito corporativo, os investidores devem repercutir o relatório de produção da Petrobras (PETR3 e PETR4), divulgado ontem após o fechamento do mercado, em que a produção total no Brasil e no exterior alcançou 2,6 milhões de barris de petróleo por dia (boed) no 4T22.
As vendas no varejo em dezembro caíram 2,6%, mais que o esperado, e a estimativa do mercado era de (-0,45%).
O IPCA de janeiro subiu 0,53% enquanto o mercado previa alta de 0,56%. Em 12 meses, a inflação fica em 5,77% ante uma expectativa dos analistas de +5,80%.
O impasse entre o Lula e o Banco Central (BC) segue no radar do investidor. Ontem o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que o governo não quer interferir na lei de autonomia do BC.
Às 9h50 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento em fevereiro caía 0,27%, aos 110.090 pontos. Os futuros norte-americanos e as bolsas europeias subiam. Na Ásia, os índices operavam mistos.
Um analista do mercado que não quis se identificar mercado disse que as vendas no varejo piores que o esperado podem influenciar “em um primeiro momento pode influenciar no movimento mais negativo do Ibovespa futuro”.
Segundo analistas da Commcor Corretora, em relatório, as atenções dos investidores se voltam para a agenda cheia de indicadores por aqui com dados de varejo e IPCA e “após os ataques do presidente Lula à condução da política monetária por parte do BC, falas de Alexandre Padilha amenizam cautela e podem ajudar os ativos locais”.
Soraia Budaibes / Agência CMA
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