A Bunge reportou lucro líquido de US$ 336 milhões no quarto trimestre de 2022, maior que o reportado no mesmo período do ano anterior, de US$ 231 milhões, 45% a mais. Na mesma base de comparação, a receita caiu 0,14%, para US$ 16,66 bilhões.
Os resultados mais altos no trimestre foram impulsionados principalmente pela volta do consumo aos níveis pré-pandêmicos e aumentos nos investimentos.
No setor de agronegócio, os volumes caíram 13,3% para 18,31 milhões de toneladas. No processamento, os resultados foram impulsionados principalmente pela América do Norte, que se beneficiou da combinação de grandes safras e forte demanda de farelo e óleo. Parcialmente compensando esse forte desempenho foram os resultados mais baixos na Europa, que foram impactados negativamente por custos de energia mais altos e volumes mais baixos, e na América do Sul devido à escassez de oferta de grãos.
No segmento de óleos refinados e especiais, os volumes caíram 3,9%, para 2,26 milhões de toneladas métricas. Os resultados refletiram a forte demanda por alimentos e combustíveis renováveis, com melhorias notáveis na Europa, Ásia e América do Sul.
Os volumes tiveram queda de 31,4% no segmento de moagem, para 794 milhões de toneladas. A perda no trimestre foi impulsionada principalmente pelo baixo volume de originação e altos custos da cadeia de suprimentos, refletindo a pequena safra de trigo da Argentina que impactou negativamente nossas operações de merchandising local.
No segmento de açúcar e bioenergia, a receita líquida foi de US$ 64 milhões, 20% menor que no mesmo período de 2021. Os melhores resultados no trimestre foram impulsionados principalmente pelos preços mais altos do açúcar, que mais do que compensaram as margens mais baixas do etanol.
A empresa manteve sua projeção de lucro por ação (EPS, na sigla em inglês) em US$ 11, despesa líquida de juros na faixa de US$ 380 a US$ 410 milhões; gastos de capital na faixa de US$ 800 milhões a US$ 1 bilhão; e depreciação e amortização de aproximadamente US$ 415 milhões.
“Ao longo do ano, avançamos na execução de nossa estratégia de fortalecer e expandir nosso negócio principal, posicionando-nos para nos beneficiarmos no longo prazo da crescente demanda por alimentos, rações e combustíveis renováveis”, disse Greg Heckman, CEO da Bunge.
Vanessa Zampronho / Agência CMA
Copyright 2023 – Grupo CMA
Imagem: Divulgação