As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) operam em queda com mercado repercutindo ata do Copom e possível recomposição do ICMS.
Governadores de ao menos sete estados se reúnem hoje com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir a perda de arrecadação com a redução das alíquotas do ICMS.
O encontro para debater a volta do imposto impacta o cenário fiscal. A gente sabe que o governo precisa de alguma maneira voltar a arrecadação para os estados e isso impacta forte nos juros, disse o diretor e gestor de recursos da Lifetime Asset Management, Josian Teixeira.
O dólar opera misto, beirando a estabilidade. A situação doméstica segue nebulosa, com o atrito recente entre Lula e o Banco Central (BC). No âmbito global, a economia norte-americana segue aquecida, o que dificulta a tarefa do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Para a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, “o pano de fundo doméstico continua o mesmo, com a insegurança fiscal e política, e tem se acentuado com as críticas de Lula à inflação”.
A Bolsa opera em queda em dia de divulgação da ata do Copom com o colegiado reforçando a preocupação com a inflação e com o mercado ainda receoso com o impasse entre governo e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (RCN), apesar do ministro da Fazenda Fernando Haddad tentar apaziguar. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem criticando a taxa de juros em 13,75% ao ano (aa) e a autonomia do BC. Mais cedo, RCN em um evento em Miami, reforçou a importância da autonomia da instituição. Os agentes financeiros ficam à espera da fala do presidente do banco central norte-americano, Jerome Powell, logo mais.
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
Copyright 2023 – Grupo CMA
Imagem: Piqsels