O C6 Bank demitiu nesta segunda-feira (06) diversos colaboradores em um processo de reestruturação e readequação da empresa. Segundo o portal de notícias Layoffs Brasil, estima-se que cerca de 500 pessoas foram demitidas, o que corresponde a 12% do quadro.
A notícia das demissões do C6 vai na contramão do anunciado em novembro de 2022, quando o banco disse que pretendia dobrar sua equipe, e que, para abrigar todos os novos colaboradores, o banco aumentaria suas instalações.
O Monitor do Mercado entrevistou alguns dos afetados por essa “reestruturação”. Os ex-funcionários do banco ressaltaram que foram pegos de “surpresa”, uns, inclusive, eram ganhadores de prêmios dentro da instituição e não receberam nenhum feedback adicional sobre seu desligamento.
Para os que foram, o sentimento que fica é de frustração:
“O que mais me frustrou foi eles colocarem no marketing a preocupação com o cliente, com as pessoas e no final eles não tem preocupação nenhuma em cortar” disse uma fonte ao Monitor do Mercado.
As demissões foram feitas através de ligações, onde estavam presentes o superintendente da área e um membro do RH. De acordo com as fontes, as ligações foram rápidas, sem muitas explicações exceto a de que estaria ocorrendo uma reestruturação. O acesso foi cortado e agora eles coordenam a devolução de equipamentos.
Os bancos Nubank, Morgan Stanley, Goldman Sachs e Citigroup também demitiram partes significativas do seu contingente no ano passado.
A decisão de redução do quadro de funcionários já havia sido comunicada ao Sindicato dos Bancários na última quinta-feira (02), que marcaram uma reunião para discutir o assunto nesta segunda-feira (6).
Em nota enviada a imprensa o Sindicado afirmou que protesta a atitude do banco, confira na íntegra:
“O Sindicato esteve em reunião, nesta segunda-feira (06), com o C6 Bank após o anúncio de demissões no quadro de seus funcionários. O banco não informou sobre o número de desligamentos, mas afirmou que haverá uma reestruturação na área de tecnologia da informação e setores corporativos e operacionais. O Sindicato solicitou a suspensão das dispensas para o início de um processo de negociação, mas foi negado.
O Sindicato protesta contra a atitude do banco, que em novembro do ano passado, disse que iria contratar mais funcionários. Reitera a importância em manter os empregos e preservar os direitos de seus trabalhadores. Além disso, orienta os bancários a procurar a entidade em caso de denúncias e descumprimento de direitos.” Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região
Imagem: divulgação