As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) fecharam em alta após declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a autonomia do Banco Central e o nível das metas de inflação.
Fui presidente oito anos da República e o [Henrique] Meirelles teve toda autonomia para fazer política monetária que ele quis fazer. O que acontece é que a gente conversava e o Brasil deu certo. Este país está dando certo? Esse país está crescendo? O povo está melhorando de vida? Não. Então, eu quero saber de que serviu a independência, disse Lula, em entrevista na última quinta-feira (2).
A LCA Consultores, em nota, afirma que os comentários de Lula aumentam a incerteza em torno das metas atuais, o que provoca a continuidade da elevação das expectativas de inflação e a manutenção de juros elevados.
Segundo Pedro Paulo Silveira, diretor de Gestão de Recursos da Nova Futura, o mercado segue avesso ao risco, tanto aqui quanto fora. Dólar subindo, interrompendo a queda, e isso decorre basicamente das declarações do presidente Lula em entrevista bastante dura em que ele coloca em dúvida a independência do BC, disse.
Por volta das 16h44 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2024 tinha taxa de 13,815% de 13,645% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2025 projetava taxa de 13,250%, de 12,990%, o DI para janeiro de 2026 ia a 13,130%, de 12,825%, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 13,155% de 12,840% na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em alta, cotado a R$ 5,1360 para venda.
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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