Quase meio milhão de trabalhadores no Reino Unido farão uma greve em massa nesta quarta-feira, a maior do país em mais de uma década, exigindo salários mais altos em meio a um aumento recorde no custo de vida.
O protesto deve envolver professores, maquinistas, funcionários públicos, professores universitários, motoristas de ônibus e seguranças, de acordo com a mídia local.
As movimetações forçaram os militares a ficarem de prontidão para ajudar nas verificações de fronteira em um dia apelidado de “Walk Out Wednesday” pelos sindicatos.
No início do mês, o sindicato dos maquinistas ASLEF anunciou greves nos dias 1 e 3 de fevereiro, com mais de 40 mil membros do sindicato Ferroviário, Marítimo e de Transporte do Reino Unido esperado para se juntar a eles. Os protestos também contarão com cerca de 1.900 motoristas de ônibus em Londres.
Cerca de 300 mil professores do Sindicato Nacional da Educação participarão de piquetes nesta. Esta será a maior greve de professores da história, que deve afetar 24 mil escolas,
informou o sindicato.
Além disso, pelo menos 100 mil funcionários públicos do Reino Unido do Sindicato dos
Serviços Públicos e Comerciais protestarão hoje.
“Se o governo não fizer algo a respeito, acho que veremos mais dias como hoje com mais e mais sindicatos participando”, disse o secretário-geral do PCS, Mark Serwotka, à Reuters. “Precisamos de dinheiro agora”, acrescentou.
A ministra da Educação, Gillian Keegan, disse que o governo não cederia e que ceder às demandas por grandes aumentos salariais só alimentaria a inflação.
“O que não podemos fazer é dar aumentos salariais que reduzam a inflação a uma parte da força de trabalho e piorar a inflação para todos. Isso não é uma coisa economicamente sensata de se fazer”, disse Keegan à BBC.
Larissa Bernardes / Agência CMA
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