A Bolsa fechou em alta de 1,03%, acima dos 113 mil pontos, seguindo o exterior, com o apoio do setor bancário e com os investidores recebendo bem as falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no evento da Febraban.
Somado a isso, o mercado fica na expectativa para amanhã (1) para a decisão de política monetária dos bancos centrais aqui e nos Estados Unidos. O Copom deve manter inalterado nos juros em 13,75% ao ano (aa) e o Fed deve elevar em 0,25 ponto percentual (pp). No mês, o Ibovespa fechou no positivo de 3,36%
Os papéis do Itaú (ITUB4) subiram 1,56%. Bradesco (BBDC3 e BBDC4) elevaram 2,18% e 1,66%. Santander Brasil (SANB11) aumentou 1,68%. A Petrobras (PETR3 e PETR4), papel de peso no índice, subiu respectivamente 1,62% e 1,24%. Já a vale (VALE3) caiu 0,49%, antes da divulgação do resultado operacional de produção e vendas.
O principal índice da B3 subiu 1,03%, aos 113.430,54 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em fevereiro avançou 0,81%, aos 113.975 pontos. O giro financeiro era de R$ 25,2 bilhões. Em Nova York, as bolsas fecharam em alta.
Felipe Leão, especialista da Valor Investimentos, disse a Bolsa sobe “estimulada pelo dia positivo em Nova York e com as declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em que afirmou que o governo trabalha para a redução do déficit primário este ano no evento da Febraban; não discute o tema dos combustíveis, mas foi indicado que a desoneração termina em fevereiro”. O destaque fica para os bancos e os frigoríficos caem em bloco com a valorização do real.
O especialista da Valor Investimentos também acrescentou que existe uma expectativa para a decisão de “um Fed menos agressivo amanhã”.
Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de investimentos, disse que as falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ajudou no bom humor dos investidores.
“O ministro mencionou que a reforma tributária não deve implicar em aumentar impostos, o que agradou o mercado e colaborou para o otimismo de hoje na Bolsa; e também disse que a oferta de crédito mais barata é uma das prioridades para ajudar a destravar negócios que ficam parados por conta de juros altos e a notícia pode ajudar o setor”.
Ubirajara Silva, gestor da Galapagos Capital, disse que a Bolsa opera no positivo acompanhando o exterior e com destaque para os bancos.
“O setor vinha sofrendo bastante nos últimos dias, depois da reunião de hoje do Fernando Haddad [ministro da Fazenda] e da Simone Tebet [ministra do Planejamento] com a Febraban não ter tido nenhum ponto negativo, tirou uma preocupação do mercado com a possibilidade de uma medida contraria aos bancos e fez com que o setor performance bem puxando o índice; as empresas do setor interno também estão performando bem; a mineração está no negativo por conta da queda das commodities
Felipe Moura, sócio e analista da Finacap Investimentos, disse que o foco dos investidores está nos resultados corporativos e nas reuniões de política monetária aqui e nos Estados Unidos.
“Os balanços das empresas no 4T22 devem mostrar o cenário microeconômico com uma Bolsa hoje que está negociando de forma barata; observar como o Banco Central [BC] vai se posicionar diante do atual governo e o importante será o comunicado do Copom; em relação ao Fed, a comunicação dos dirigentes tem sido dura e deve seguir dessa maneira”.
O sócio e analista da Finacap Investimentos comentou que a Bolsa vem de “três semanas seguidas de altas com uma calmaria na política e hoje os bancos estão em um movimento de repique após quedas recentes”.
Soraia Budaibes / Agência CMA
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