O Ibovespa futuro opera sem direção definida, enquanto os índices futuros norte-americanos e as bolsas europeias operam em baixa, com os investidores cautelosos no início de uma semana marcada por decisões sobre taxas de juros e balanços de grandes empresas em ambos os lados do Atlântico.
Aqui no Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central vá manter a taxa básica de juros em 13,75%, nos Estados Unidos, a previsão de é de alta de 25 pontos base, e na Europa, em 50 pontos base.
Os balanços corporativos devem trazer os resultados do quarto trimestre de 2022 da Vale (produção e vendas), nesta terça-feira, 31, e o balanço financeiro do Santander na quinta (7/1) e, nos EUA, das big techs Amazon, Meta, Alphabet eApple.
A China também volta ao radar do mercado, após o feriado de uma semana do Ano Novo Lunar e a promessa, no último fim de semana, de promover uma recuperação do consumo, o que cria perspectivas favoráveis para as commodities brasileiras. O minério de ferro sobe à máxima de sete meses com a queda nos estoques chineses somada ao otimismo de que a demanda pelo ingrediente siderúrgico se recuperará este ano.
No entanto, o petróleo recua levemente com sentimento negativo após a reabertura dos mercados domésticos chineses.
Em Brasília, mais uma semana que promete ser agitada, com o retorno dos trabalhos no Legislativo e no Judiciário e as eleições dos líderes do Senado e da Câmara na próxima quinta-feira. O presidente Lula recebe o chanceler alemão Olaf Scholz, que irá anunciar doação de R$ 170 milhões com o retorno do Fundo Amazônia.
Nesta segunda-feira, as instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus elevaram de 5,48% para 5,74% a previsão para a inflaçãomedida pelo Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2023.
Às 9h20 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento em fevereiro subia 0,08%, aos 112.965 pontos.
Em boletim matinal, a Guide Investimentos aponta que apesar de o dia hoje ser mais parado, esta semana será bem movimentada para os mercados globais. A corretora avalia que a previsão de que o Federal Reserve subirá a taxa de juro em 0,25 p.p, para o intervalo de 4,50% – 4,75%, está bem precificada no mercado e que o foco, portanto, fica para o comunicado do BC americano. “A inflação tem mostrado bons sinais de desaceleração, mas o Fed não pode declarar vitória ainda. Ao mesmo tempo, vários indicadores antecedentes e alguns coincidentes já apresentam sinais de recessão. Nesse impasse entre crescimento e inflação, o Fed deve escolher não mostrar complacência com o nível de preços. Dessa forma, o Fed poderá optar por dar um discurso mais duro, visando tirar das apostas do mercado uma queda do juro em 2023”, comenta a Guide.
A análise também destaca que, ainda na semana, serão conhecidas as decisões do BCE (Europa) e do BoE (Inglaterra), que devem subir a taxa de juro em 0,5 p.p. E os EUA também divulgam a taxa de desemprego e criação de vagas não agrícolas do Payroll.”O mercado vê um total de 185 mil vagas criadas em janeiro, contra os 223 mil em dezembro. O ritmo de desaceleração do mercado de trabalho pode dar o tom das próximas decisões do Fed”, estima a análise.
Cynara Escobar / Agência CMA
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