As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) operam em alta, acompanhando a alta do dólar e valorização das commodities.
Para Marcos Caruso, economista-chefe do Banco Original, a inflação segue cedendo, mas não na velocidade que o FED (o banco central norte-americano) gostaria. Inflação de 4% nos EUA me parece possível neste ano, já atingir a meta do FED (2%) me parece mais brigado, disse. O mercado de juros futuros não tem uma narrativa favorável, colada nas commodities e na China, como câmbio e Bolsa, completou.
Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset, afirma que a difusão de indicadores, ora apontando para um crescimento econômico robusto e um mercado de trabalho aquecido, com inflação, ora dando sinais de recessão e perspectivas negativas de gerentes e de empresas em seus balanços dificulta em muito o trabalho da autoridade monetária.
Isso ocorre não somente nos EUA, pois a Europa sofre com a mesma difusão, quando se observa uma inflação declinante, muitas vezes negativa, porém concentrada em energia, enquanto alimentos e serviços continuam a registrar recordes consecutivos de alta, disse.
Por volta das 16h40 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2024 tinha taxa de 13,555% de 13,500% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2025 projetava taxa de 12,850%, de 12,705%, o DI para janeiro de 2026 ia a 12,790%, de 12,620%, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 12,855% de 12,680% na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em alta, cotado a R$ 5,1110 para venda.
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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