O cenário financeiro europeu fechou com a maioria das bolsas em alta hoje (14), após decisões cruciais dos principais bancos centrais. Ontem, foi o Federal Reserve (Fed) e, hoje, o foco foi o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra (BoE), que optaram pela manutenção das taxas de juros. Especificamente, a mensagem do BCE foi considerada mais “hawkish” do que o esperado, impactando os ganhos dos mercados. Enquanto isso, o Banco da Inglaterra adotou uma postura cautelosa, mas o setor de mineração impulsionou o índice londrino FTSE 100, registrando um aumento superior a 1%.
Decisões dos bancos centrais influenciam o mercado
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou com alta de 0,87%, atingindo 476,57 pontos.
Analistas do Nordea, em relatório, avaliaram a mensagem do BCE como “surpreendentemente hawkish”. Destacaram que não houve indicação de uma postura mais suave futuramente, mencionando a declaração da presidente do BCE, Christine Lagarde, sobre a ausência de discussões acerca de cortes de juros. Esse contexto influenciou o mercado, levando o DAX a recuar 0,08% em Frankfurt, enquanto o FTSE MIB subiu 0,21% em Milão. O Ibex 35, em Madri, teve alta de 0,75%, e o CAC 40 avançou 0,59% em Paris.
Cenário econômico na Europa
No cenário europeu, o PSI 20, em Lisboa, registrou alta de 0,75%, atingindo 6.505,56 pontos. O impulso veio das empresas de energia, que subiram no mesmo dia em que foi anunciado um acordo político para reformar o mercado de eletricidade na comunidade, visando impulsionar as energias renováveis e promover preços estáveis e acessíveis. Empresas como EDP tiveram alta de 3,03%, e EDP Renováveis subiu 6,14%.
Destaques e impactos na bolsa de Londres
O FTSE 100, em Londres, teve um aumento de 1,33%, atingindo 7.648,98 pontos. Neste contexto, BHP Group subiu 2,86%, e Antofagasta avançou 4,44%, acompanhando o movimento do cobre, que teve um acréscimo de quase 3%.
BoE e expectativas futuras
A consultoria Capital Economics mencionou que o Banco da Inglaterra (BoE) não trouxe surpresas ao manter as taxas por três vezes consecutivas e rejeitar cortes no curto prazo. Destacou também que dados recentes de salários e inflação podem influenciar o BC, possivelmente ajustando as expectativas de cortes de juros para o final de 2024.
Andrew Bailey, presidente do Banco da Inglaterra (BoE), afirmou que as elevações de juros anteriores estão impactando positivamente e que a inflação está caminhando para a meta de 2% ao ano, apesar de ainda não ter atingido esse patamar.
Com informações do Broadcast
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