Após o CBA Day, a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) reiterou seu compromisso em reduzir os custos de fundição, adotando uma abordagem que visa melhorar o desempenho operacional e beneficiar-se da queda nos custos de matéria-prima, como cáustica e carbono.
Durante o CBA Day, a empresa anunciou sua intenção de aumentar a capacidade reciclada como uma estratégia eficiente para o crescimento a médio prazo. O reinício do Pot Room 1 está programado para 2027, sem grandes atualizações operacionais, já que os custos são esperados para os próximos trimestres devido ao alívio das matérias-primas e à resolução da instabilidade na produção.
Análise do Citi
O Citi destaca que essa redução de custos terá um impacto positivo na geração de caixa da empresa, assumindo preços estáveis do alumínio. Contudo, ressalta-se que a preservação de caixa continua sendo uma iniciativa de curto prazo crucial. Os analistas Alexander Hacking e Stefan Weskott observam que, apesar da ausência de catalisadores imediatos, os custos mais baixos podem melhorar a rentabilidade ao longo de 2024, alinhando-se à visão otimista do Citi sobre o alumínio a médio e longo prazo.
Projeções de preço e recomendação de compra
A equipe de commodities do Citi expressa uma perspectiva modestamente positiva para o alumínio em 2024, estimando um preço de US$ 2.400/t até o final do ano. O banco ajustou as estimativas de Ebitda ajustado da CBA para 2024, situando-se 7% abaixo dos preços mais baixos da London Metal Exchange (LMB), que agora têm uma média de US$ 2.325/t para 2024. Apesar disso, o Citi reitera a recomendação de compra, fixando um preço-alvo de R$ 6,00, representando um potencial de valorização de 34,8% em relação ao fechamento de ontem.
Perspectivas e otimismo no setor de alumínio no Brasil
O Citi destaca que a CBA está otimista em relação à demanda de alumínio no Brasil, especialmente nos setores de energia solar e eletrificação. A projeção do capex para 2024 permanece em níveis semelhantes a 2023, estimado em R$ 950 milhões, indicando confiança contínua na demanda do mercado brasileiro.
Imagem: Divulgação