As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) fecharam em alta acompanhando exterior negativo e incertezas fiscais internas.
Segundo Rafael Passos, da Ajax Capital, os juros dos Treasury Bonds sobem em resposta aos discursos hawkishes dos diretores do Fed. Ao mesmo tempo, os dados econômicos dos EUA têm apresentado fraco desempenho na margem, afirmou.
Por aqui, as incertezas em torno do BC, como a substituição do diretor Bruno Serra, a sua autonomia formal e as metas de inflação, devem manter em elevado patamar as taxas de juros, completou Passos.
A Levante, em relatório, afirma que se não houver algum recuo nas sinalizações do governo, é provável que as projeções de inflação (e dos juros) continuem subindo.
A diferença é que, agora, existe um fator adicional de desancoragem, que é político, além das questões fiscais, disse a casa.
Já a Tendências, em relatório, afirma que a política monetária ativa e independente é uma ferramenta fundamental para a manutenção da estabilidade macroeconômica, especialmente em um momento de maiores preocupações em torno de um viés mais expansionista da política fiscal para os próximos anos.
Ou seja, a capacidade de o Banco Central reagir livremente à piora do cenário inflacionário prospectivo, inclusive por uma condução mais frouxa do lado fiscal, é condição necessária para impedir deterioração contínua de expectativas de inflação e evitar maior grau de persistência inflacionária, afirmou a casa.
Por volta das 16h40 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2024 tinha taxa de 13,500% de 13,480% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2025 projetava taxa de 12,740%, de 12,585%, o DI para janeiro de 2026 ia a 12,720%, de 12,485%, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 12,780% de 12,500% na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em alta, cotado a R$ 5,2020 para venda.
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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