As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) abriram em alta acompanhando exterior negativo e incertezas fiscais internas.
Segundo Rafael Passos, da Ajax Capital, os juros dos Treasury Bonds sobem em resposta aos discursos hawkishes dos diretores do Fed. Ao mesmo tempo, os dados econômicos dos EUA têm apresentado fraco desempenho na margem, afirmou..
Por aqui, as incertezas em torno do BC, como a substituição do diretor Bruno Serra, a sua autonomia formal e as metas de inflação, devem manter em elevado patamar as taxas de juros, completou Passos.
O dólar segue em alta, com o mercado em cautela com o risco de recessão nos Estados Unidos e incertezas fiscais por aqui.
O presidente citou e repetiu suas críticas ao tal mercado tanto em uma entrevista durante a noite, quanto em um evento no dia seguinte, criando a volatilidade já conhecida, disse Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset.
Além disso, segundo ele, o mercado imobiliário nos EUA continua a sinalizar contração, enquanto a saúde do mercado de trabalho continua impecável.
A Bolsa opera em queda em dia de vencimento de opções sobre ações e que traz mais volatilidade aos negócios, com os investidores atentos ao cenário político doméstico refletindo o desconforto das falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a semana, troca de posição dos agentes financeiros em meio à situação da Americanas Somado a isso o plano de recuperação judicial da Americanas ainda fica no foco do mercado e também um pouco de realização de lucros após fortes altas.
Bruna Sena, analista de investimentos da Nova Futura, disse que um conjunto de fatores do ambiente doméstico impacta na Bolsa. “O dia de vencimento de opções sobre ações traz volatilidade, a desconfiança do mercado às falas do Lula sendo que a chance de mexer na autonomia do Banco Central é remota, mas na política de metas ele tem mais poder e isso cria um certo desconforto ao mercado”.
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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