O dólar fechou em queda de 0,36%, a R$ 5,61, nesta segunda-feira (2), primeira sessão de setembro. Durante a manhã, a moeda americana atingiu a máxima de R$ 5,6595, enquanto à tarde chegou à mínima de R$ 5,6049.
A intervenção do Banco Central (BC), que vendeu um lote extra de swaps cambiais, contribuiu para a leve desvalorização do dólar, mas o impacto foi limitado pela persistente percepção de risco doméstico.
O dólar acumula alta de 15,69% em relação ao real no ano, tornando-o uma das moedas mais valorizadas entre as principais divisas globais, junto ao peso mexicano.
Intervenção do BC e liquidez reduzida
O BC vendeu nesta segunda-feira 14.700 contratos de swaps cambiais, o equivalente a US$ 735 milhões. Esta operação complementa a venda de 30 mil contratos oferecidos na sexta-feira (30), dos quais parte não havia sido absorvida. Com isso, o BC somou US$ 1,5 bilhão em vendas de swaps cambiais entre sexta e hoje.
A liquidez no mercado cambial foi reduzida devido ao fechamento das bolsas de Nova York e do mercado de Treasuries, em razão do feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos. Essa menor liquidez deixou o mercado mais sensível a movimentos pontuais, dificultando uma reação mais robusta do real frente ao dólar.
Risco fiscal
Analistas afirmam que, apesar das intervenções do BC, o dólar continua elevado devido às incertezas fiscais no Brasil. O detalhamento do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA), divulgado na sexta-feira (30), não conseguiu dissipar dúvidas sobre o cumprimento das metas fiscais para 2025, o que mantém o real pressionado.