A presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Dallas, Lorie Logan, afirmou nesta quarta-feira (18) que não acreditar que a instituição deva “cravar um pico de juros ou caminho preciso a seguir”.
Segundo comentários de Logan em um discurso na Escola de Negócios da Universidade do Texas, o aperto monetário deve continuar até que exista uma evidência convincente de que a inflação está retornando para a meta de 2% do Fed.
A dirigente defendeu que ir mais devagar não era um sinal de “menos comprometimento” em reduzir a inflação para 2%.
“Minha opinião é que provavelmente precisaremos continuar aumentando gradualmente a taxa dos fundos federais até vermos evidências convincentes de que a inflação está a caminho de retornar à nossa meta de 2% de maneira sustentável e oportuna”, disse ela.
Até o objetivo ser cumprido, o Fed deve continuar com seu ciclo aperto monetário, embora com ritmo reduzido. “Precisamos manter foco no cenário econômico e traçar um plano flexível e robusto”, argumentou Logan.
“Se você estiver em uma viagem e encontrar neblina ou uma rodovia perigosa, é uma boa ideia diminuir a velocidade. Da mesma forma, se você for um formulador de políticas no complexo ambiente econômico e financeiro de hoje”, acrescentou.
“É por isso que apoiei a decisão no mês passado de reduzir o ritmo dos aumentos de juros. E as mesmas considerações sugerem desacelerar ainda mais o ritmo na próxima reunião”, explicou.
Em dezembro, o Fed elevou a taxa básica de juros em meio ponto percentual, para uma faixa de 4,25% a 4,5%. Um ritmo mais lento se traduziria em um movimento de 0,25 ponto percentual na próxima reunião, de 31 de janeiro a 1º de fevereiro.
Larissa Bernardes / Agência CMA
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