O Ibovespa, seguindo o movimento de Nova York, teve alta significativa nesta quarta-feira (13), alcançando níveis que não eram vistos desde 2021. A valorização foi impulsionada pelas decisões do Federal Reserve (Fed) e as expectativas sobre o Comitê de Política Monetária (Copom) no Brasil.
O Federal Reserve, em decisão unânime, manteve a taxa de juros americana entre 5,25% e 5,50% ao ano, com projeções indicando que os juros devem variar entre 4,25% e 5% em 2024, e entre 3% e 4% até o final de 2025. Esta sinalização indica um possível declínio nos juros nos Estados Unidos em um futuro próximo, conforme antecipado pelo mercado. As expectativas do mercado, segundo dados da CME, mostram uma probabilidade de 76,1% de cortes de juros já a partir de março de 2024.
No Brasil, os investidores ficaram de olho no comunicado do Copom, que reduziu em 0,50 ponto percentual a taxa Selic, para 11,75% ao ano. Esta expectativa foi reforçada por dados de inflação abaixo do esperado e outros fatores como a queda recente do petróleo e a desaceleração da atividade econômica.
Reação no mercado e desempenho do Ibovespa
O Ibovespa atingiu 129.793,35 pontos, subindo 2,42% e registrando sua maior alta intradia desde junho de 2021. O índice encerrou a sessão em 129.465,08 pontos, marcando o maior nível de fechamento desde o mesmo período de 2021, com um volume de R$ 60,6 bilhões, influenciado pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa.
Com esse desempenho, o índice fechou a semana e o mês em território positivo, acumulando ganhos de 1,87% e 1,68%, respectivamente. No acumulado do ano, o índice já apresenta um crescimento de 17,98%.
Perspectivas futuras e repercussões nos setores
Os sinais do Fed indicam que a maior economia do mundo provavelmente ultrapassou o ponto mais alto do ciclo de aumento dos custos de crédito, favorecendo uma possível acomodação dos juros em níveis mais compatíveis com a demanda por crédito. Este cenário otimista impulsionou setores como bancos, varejo e construção na B3, com ações de grandes bancos como Itaú, Bradesco e Santander liderando o segmento.
As ações com exposição ao ciclo de atividade doméstica, como varejo e construção, tiveram destaque, com o índice de consumo encerrando em alta de 4,16%. Enquanto isso, o índice de materiais básicos, associado a commodities, teve um crescimento de 1,57% no fechamento.
Com informações do Broadcast
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